O movimento NazaréViva justificou, em comunicado, a ausência da última sessão da Assembleia Municipal, com “a falta de definição consensual e democrática da ordem de trabalhos”.
O movimento NazaréViva justificou, em comunicado, a ausência da última sessão da Assembleia Municipal, com “a falta de definição consensual e democrática da ordem de trabalhos”.
O grupo liderado por Alberto Madaíl contesta, ainda, a ação da maioria na Câmara e Assembleia, lançando duras críticas aos socialistas.
No entender do NazaréViva, “as consequências do não cumprimento” da definição da ordem de trabalhos da Assembleia “vêm-se traduzindo no descambar das sessões para altas horas da noite, no retirar pontos da ordem de trabalhos em plena sessão, no deixar por discutir assuntos importantes, na caótica utilização dos tempos de intervenção de cada força política, na transformação de muitas das sessões em mero local de propaganda de quem gosta muito de se ouvir a si próprio”.
“O Movimento Nazaré Viva entende que o actual Executivo perdeu a legitimidade democrática, a partir do momento em que mentiu aos eleitores. Parece-nos que isto é do senso comum. Em campanha eleitoral, andaram a prometer que não aumentavam as taxas e impostos, andaram a prometer que não precisavam de empréstimos que onerassem os munícipes. Fez-se exactamente o contrário, como todos sabemos. Assim é fácil ganhar eleições. Mas, ganhar assim, não é legítimo, é batota”, frisa a força partidária.
Em resposta, o secretariado do PS/Nazaré diz que “não pode uma força política, legitimamente representada na Assembleia Municipal de Nazaré, por dois elementos, curiosamente, um ainda militante ativo desta força política, querer ter o poder de decisão que não lhe foi delegado pelo Povo” e refuta as acusações de aumento de taxas e impostos.
“Lastimamos que até ao momento nenhuma proposta construtiva, que vá ao encontro da resolução dos vastos problemas que ainda assolam o concelho, tenha chegado deste movimento por qualquer via, formal ou informal”, salientam os socialistas, que recordam as críticas que Alberto Madaíl fez à atuação dos partidos e o facto de o antigo vereador do PS ter votado nas eleições primárias do partido. “O mesmo cidadão que havia renegado ferozmente os Partidos, e assumido a distância dos mesmos, na primeira oportunidade que teve não hesitou em participar no ato eleitoral interno do Partido Socialista, que decidia a escolha do secretário-geral do Partido Socialista. Este ato espelha total incoerência nas posições públicas assumidas, antes e depois das autárquicas de 2013”, conclui o secretariado do PS.