“Estudos sobre o Mosteiro e Coutos de Alcobaça” é o título do novo livro dos historiadores Rui Rasquilho e António Maduro, apresentado na tarde deste sábado, no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.
“Estudos sobre o Mosteiro e Coutos de Alcobaça” é o título do novo livro dos historiadores Rui Rasquilho e António Maduro, apresentado na tarde deste sábado, no auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.
Trata-se de uma coletânea de textos organizados, que ambos os autores já haviam escrito, reunidos agora numa obra “para facilitar a pesquisa ao público que procura por estas temáticas”, explicou António Maduro. Mas o que ainda há para dizer acerca da história cisterciense, quando já foi tão debatida? “Ainda há muita coisa para estudar”, sublinha Rui Rasquilho, “e eu só quero saber mais, para poder partilhar mais do pouco que sei”, acrescenta o historiador.
Neste livro “há a partilha de conhecimentos acerca da história cisterciense e um pouco de todos os temas adjacentes”, esclarece António Maduro.
Com uma temática abrangente, o livro apresenta textos acerca do Mosteiro, das granjas monásticas e a importância do vinho, não deixando de lado a arquitetura. Foram feitas também extensas consultas aos documentos do triénio que relatavam qual a alimentação dos coutos, no final do século XVIII.
No entanto, apesar de a “dieta monástica” já ter sido muito estudada, os alcobacenses continuam sem saber o destino dos cinco mil coelhos que havia na época. “Eles existiam, porque há registos que o comprovam”, esclareceu António Maduro. No entanto, “não há registos de consumo de carne de coelho na época, nem de revenda dos animais”, acrescentou Rui Rasquilho.
E assim permanece o “mistério da coelheira”, como batizaram os autores, que ainda não conseguiram decifrar. Pelo menos ainda neste livro.