Quinta-feira, Julho 17, 2025
Quinta-feira, Julho 17, 2025

Miguel Ângelo marca paredes do Solar da Cerca com carvão

Data:

Partilhar artigo:

Um pedaço de carvão vegetal, com o maior grau de pureza possível, e inspiração clássica… é tudo o que o alcobacense Miguel Ângelo Amaral precisa para criar verdadeiras obras de arte com carvão em paredes. Com o mesmo nome de um dos maiores artistas do Renascentismo, o jovem estudante da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa já deixou a impressão digital no Solar da Cerca do Mosteiro, em Alcobaça.

Um pedaço de carvão vegetal, com o maior grau de pureza possível, e inspiração clássica… é tudo o que o alcobacense Miguel Ângelo Amaral precisa para criar verdadeiras obras de arte com carvão em paredes. Com o mesmo nome de um dos maiores artistas do Renascentismo, o jovem estudante da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa já deixou a impressão digital no Solar da Cerca do Mosteiro, em Alcobaça.

O desafio de decorar as paredes daquele empreendimento de turismo de habitação partiu de Madalena Tavares, uma das responsáveis pelo Solar da Cerca. E uma grande parte dos quartos do alojamento já têm a “assinatura” de Miguel Ângelo. O jovem artista precisou apenas “de pouco mais de uma semana” para aperfeiçoar a técnica, utilizando, para isso, um quarto vazio, onde teve liberdade criativa total para pintar paredes e teto, e para passar à “ação” nos quartos e em áreas comuns do espaço turístico. E os desenhos com motivos históricos ligados à região, como o Mosteiro, os sinos ou as gárgulas, parecem fazer as delícias dos visitantes do Solar, maioritariamente estrangeiros. 

Região de Cister - Assine já!

Depois de concluídos os desenhos nas paredes, Miguel Ângelo Amaral aplica sprays e vernizes de modo a que as pinturas possam perdurar no tempo. O processo criativo dos desenhos nas paredes do Solar da Cerca do Mosteiro explica-se “facilmente”. “Faço um estudo em papel mas depois passo logo para a parede”, assinala o desenhador. “Mas quando estou a desenhar com carvão o desenho vai diretamente do meu braço para a parede sem passar pela cabeça”, brinca o alcobacense, para quem a arte acontece de forma “quase inconsciente”.

“Para mim a técnica de desenhar com o carvão vegetal é fácil mas é preciso jogar com a textura da parede e partir bem o carvão”, explica o jovem artista, de 20 anos, que este semestre termina a licenciatura em Desenho na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa.

Este Miguel Ângelo de Alcobaça começou a desenhar desde muito cedo. “Desenho desde que me lembro”, refere o alcobacense. O artista conta ao REGIÃO DE CISTER, entre risos, que tem uma fotografia tirada aos 2 anos de idade em que está “sentado no penico e a desenhar”. Desenhar foi sempre o que o jovem “quis fazer” e, por isso, a escolha de prosseguir os estudos em Belas-Artes surgiu com naturalidade.

Prestes a acabar a licenciatura, Miguel Ângelo parece ter bem delineados os planos para o futuro e a ambição de expor o seu trabalho pelo mundo fora. “Quero concluir os estudos, incluindo, possivelmente, mestrado e doutoramento, e começar a apresentar o meu trabalho. Se isso não funcionar espero conseguir um lugar como professor universitário para assim poder continuar a desenvolver os meus trabalhos”, refere o jovem pintor, que herdou o nome de um dos maiores nomes da história das artes e quer fazer jus ao homónimo.

AD Footer

Primeira Página

Artigos Relacionados

AMA Pedra do Ouro criada para melhorar localidade

Constituída há um mês, a Associação de Moradores e Amigos (AMA) Pedra do Ouro nasceu para dar impulso...

Espaços noturnos da Nazaré só podem funcionar até às 2 da manhã

O executivo municipal aprovou, por unanimidade, na passada semana, uma proposta de funcionamento dos espaços comerciais noturnos que...

Nova diretora do AE Nazaré quer reforçar valorização da escola pública

Paula Trindade assumiu, no passado dia 2 de julho, a Direção do Agrupamento de Escolas (AE) da Nazaré...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!