Vêm de todo o País para a Feira Medieval de Aljubarrota. Músicos, atores, malabaristas e até praticantes de artes marciais europeias, mas o que todos têm em comum é a paixão que sentem pela época medieval. O REGIÃO DE CISTER foi a Aljubarrota à procura dos figurinos que garantem uma verdadeira viagem ao passado até ao tempo da padeira Brites de Almeida, D. João I e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Vêm de todo o País para a Feira Medieval de Aljubarrota. Músicos, atores, malabaristas e até praticantes de artes marciais europeias, mas o que todos têm em comum é a paixão que sentem pela época medieval. O REGIÃO DE CISTER foi a Aljubarrota à procura dos figurinos que garantem uma verdadeira viagem ao passado até ao tempo da padeira Brites de Almeida, D. João I e o seu condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Rui Cunha é professor de fitness e dança e, nos tempos livres, coleciona armas medievais. Há cerca de dez anos, enquanto visitava a Feira Medieval de Óbidos foi convidado por um amigo para participar numa recriação. Desde então, o sintrense nunca mais deixou de participar em feiras por todo o País, tal é a “paixão” pela época medieval.
O aficionado pela época medieval estava integrado nos figurinos de torneios de combate e recriação de acampamentos medievais. O grupo, com cerca de 40 pessoas, veste-se a rigor com a camisa de linho, calças e as várias peças de armadura, de acordo com a experiência de guerra e a classe social de cada soldado medieval. “A Feira Medieval de Aljubarrota tem crescido ao longo dos anos e tem atraído cada vez mais pessoas e artistas”, defende Rui Cunha.
A Feira Medieval de Aljubarrota atrai, todos os anos, milhares de pessoas. Mas, nos bastidores, há cerca de 300 artistas que garantem uma recriação histórica “rigorosa” para se fazer uma “viagem no tempo”
Também há irmãos e casais que se dedicam à recreação medieval. Nélson Ferreira, o irmão Vítor Ferreira e a mulher Amélia Ferreira formam o grupo Colibry e levaram o davul, o timbalão e a caixa e a gaita-de-foles, instrumentos tipicamente medievais, o seu “grande amor pelo medievalismo e grande sentido de ritmo” a Aljubarrota para se apresentarem perante os milhares de pessoas que, ao longo dos quatro dias, percorreram as ruas estreitas do centro histórico da vila. A família, natural de Mamarrosa, em Aveiro, considera que a feira medieval da região é “uma das melhores do País”. “O público adere e a recreação histórica é muito fidedigna”, considera Vítor Ferreira, que se mostra satisfeito com a organização do certame.
Durante os quatro dias de feira, foram perto de três centenas de figurantes que participaram na Feira Medieval de Aljubarrota. Só na recriação da batalha, que teve lugar no passado domingo, participaram três dezenas de cavaleiros e cerca de duas centenas de figurantes. Depois da batalha, que contou com a presença de muitas centenas de espetadores, decorreu o habitual cortejo da vitória pelas ruas de Aljubarrota. A animação da Feira Medieval de Aljubarrota é da responsabilidade da Companhia Livre, sediada em Sintra, que garante a “fiabilidade” da recriação e o “rigor histórico”.
A Batalha de Aljubarrota foi uma das mais importantes na História de Portugal e é (também) muito devido ao esforço destes artistas que se continua a preservar o legado dos heróis de 1385.