Terça-feira, Outubro 15, 2024
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Ricardo Santos, o gestor de ferro

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Ricardo Santos, diretor de serviços da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, preparou-se nos últimos 14 meses com o objetivo de participar no Ironman 70.3, que se disputa este domingo em Cascais.

Ricardo Santos, diretor de serviços da Cooperativa Agrícola de Alcobaça, preparou-se nos últimos 14 meses com o objetivo de participar no Ironman 70.3, que se disputa este domingo em Cascais.

O alcobacense está entre os quase 2.000 triatletas que se propõem completar um percurso de natação de 1.900 metros em frente da Fortaleza de Cascais, um segmento de ciclismo de 90,1 quilómetros que passa em pleno… Autódromo do Estoril e uma corrida de 21,1 quilómetros que atravessa a marginal.

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Este gestor de ferro explica o que mudou no seu quotidiano para manter os padrões de profissionalismo e conseguir treinar como um atleta de alta competição.

“Quem trabalha, tem uma profissão e quer abarcar numa aventura destas tem de se disciplinar muito. Estamos a falar de treinar três modalidades, com um consumo de tempo três vezes superior, pelo que é preciso grande disciplina”, nota o gestor, que chega a estar disponível para se levantar às 5 horas da madrugada para treinar. “É preciso abdicar de tempo da família e amigos, pois todo o tempo é para o desporto e isso obriga a um planeamento rigoroso dos treinos, a que junto a agenda da Cooperativa e agenda familiar”, frisa o antigo motociclista, que começou a levar o treino “mais a sério” para participar na Meia-Maratona da Nazaré e não mais parou.

O planeamento “minucioso” e “ter capacidade de ajustar e aceitar as alterações” é um dos segredos de Ricardo Santos para compatibilizar as vertentes pessoal, profissional e desportiva: “Se hoje não consegui treinar, amanhã compenso. Esta capacidade de adaptação torna-nos um atleta inteligente, pois há um compromisso com o treino. Fazer o melhor mix do treino e da nossa vida são níveis de planeamento tremendos. Isso é um desafio e é por isso que se diz que um bom triatleta dá um bom CEO”.

A forma como presta apoio à família foi uma das principais alterações da vida do homem que ajudou a modernizar a Cooperativa Agrícola de Alcobaça. Com mulher e dois filhos  pequenos a pedirem atenção, nem sempre é fácil conciliar todos os interesses. “Também na nossa vida temos um triatlo: a parte pessoal, profissional e a família e há uma semana em que temos de dar mais prioridade a uma coisa e noutras a outra. Hoje em dia passamos menos tempo em família, mas procuro que esse tempo seja com mais qualidade e considero que com menos tempo hoje estamos mais ligados”.

A vertente profissional não poderia sem descurada e, para Ricardo Santos, a opção de mudança de vida que fez teve resultados também ao nível da estrutura da Cooperativa Agrícola. “Mostrou que as chefias intermédias na Cooperativa estão bem e serviu para testar os colegas”, brinca o gestor de ferro, que vai testar os limites em Cascais. O que se seguirá depois?

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