O ensino secundário público na Nazaré arrancou esta terça-feira pela primeira vez, na agora Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio, com duas turmas, nas áreas de Humanidades e Ciências e Tecnologias, apesar de ainda decorrerem obras de beneficiação.
O ensino secundário público na Nazaré arrancou esta terça-feira pela primeira vez, na agora Escola Básica e Secundária Amadeu Gaudêncio, com duas turmas, nas áreas de Humanidades e Ciências e Tecnologias, apesar de ainda decorrerem obras de beneficiação.
As intervenções, que obrigaram ao atraso do ano letivo em quase duas semanas, permitirão aos alunos prosseguir os estudos naquele estabelecimento escolar até ao 12.º ano. Para João Magueta, da Direção do Agrupamento de Escolas da Nazaré, o feito “é quase tão importante como a inauguração do Porto da Nazaré”, disse no dia da receção de pais, encarregados de educação e alunos. O responsável adiantou também que as obras deverão ser prolongadas por mais 15 dias, “com menos ruído para não perturbar as aulas” e que as aulas em falta serão compensadas.
“Ter ensino secundário público não inviabiliza o privado de qualidade. Permite, isso sim, ter escolhas, num concelho que era dos poucos, no país, sem ensino secundário público”, reiterou o vereador da Educação, para quem o objetivo da ampliação da oferta pública até ao 12.º ano foi “responder às preocupações manifestadas por pais, encarregados de educação e pelo Conselho Municipal de Educação”, e travar “a saída de alunos para concelhos vizinhos, onde podiam prosseguir os estudos no secundário público”.
Sobre a contestação ao atraso no arranque das aulas manifestado por algumas candidaturas às próximas eleições autárquicas, nomeadamente pelo PSD, João Magueta responde: “só em novembro de 2016 é que o processo foi desbloqueado junto da tutela, e nessa altura já se previa que a intervenção se atrasasse em cerca de duas semanas”.
Já na edição de 21 de setembro do REGIÃO DE CISTER, a Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas da Nazaré (APAEN) desvalorizou o atraso do ano escolar, por considerar que “não havendo garantias mínimas de segurança de pessoas, é preferível que haja um ligeiro atraso, com a prévia autorização do Ministério de Educação”. Para Nuno Ferreira, presidente da APAEN, o atraso não “vai afetar em nada os alunos, uma vez que estão garantidas cinco horas semanais de apoio”, defendendo que “não são 15 dias em nove meses que vão afetar o funcionamento do ano letivo”.
A abertura de turmas do ensino secundário na Escola Amadeu Gaudêncio levou ao corte do financiamento das turmas de 10.º ano no Externato D. Fuas Roupinho, que era a única alternativa para os alunos que pretendessem prosseguir os estudos na Nazaré.