Um homem, detido esta segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ), na Nazaré, por alegados crimes de abuso sexual e violência sobre a mãe, vai aguardar o processo em liberdade, mas ficou proibido de contactar com a vítima.
Um homem, detido esta segunda-feira pela Polícia Judiciária (PJ), na Nazaré, por alegados crimes de abuso sexual e violência sobre a mãe, vai aguardar o processo em liberdade, mas ficou proibido de contactar com a vítima.
O arguido, de 55 anos, desempregado, foi sujeito, esta quarta-feira, a primeiro interrogatório judicial no Juízo Central de Instrução Criminal, em Leiria, sendo considerado “fortemente indiciado” da prática, em autoria material e na forma consumada, de um crime de abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e de um crime de violência doméstica.
Nos autos considerou-se fortemente indiciado que o arguido, no passado dia 24 de agosto, no interior da residência de ambos, “praticou atos subsumíveis ao crime de abuso sexual”. Para o Ministério Público (MP), o arguido “estava ciente que, em razão da idade da ofendida e do facto de se encontrar a dormir sob o efeito de medicação, a mesma não era capaz de se defender e de se opor de forma eficaz aos seus atos”.
Os autos indiciam ainda que, na mesma casa, nos anos de 2016 a 2018 o arguido, por diversas vezes, dirigiu-se à sua mãe, no interior da residência comum na Nazaré, “injuriou-a e ameaçou-a, humilhando-a e causando-lhe medo”.
Segundo a PJ, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria, o suspeito foi detido, “fora de flagrante delito”, protegendo a vítima, “que se mostrava bastante atemorizada perante os atos de violência que já decorrem há anos, indiciando-se também agora, para além do crime de violência doméstica, o abuso sexual de pessoa incapaz de resistência”.
Na sequência do primeiro interrogatório judicial, o Tribunal considerou haver perigo de continuação de atividade criminosa, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de proibição de contactar a vítima e de aproximação da sua residência, com apresentações obrigatórias bissemanais às autoridades policiais da zona da sua residência.
A investigação vai prosseguir sob direção do Ministério Público do Departamento de Investigação e Ação Penal de Leiria, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.