A cadeira de rodas de Daniel Machado já fez a “rodagem” no asfalto das estradas do centro da Benedita, uma vez que o acesso aos passeios estava condicionado pelas barreiras arquitetónicas, que existem em quase todas as localidades. Foi para corrigir este problema de acessibilidade e de segurança, que o vogal da Junta da Benedita desenvolveu o projeto de mobilidade que pretende transformar o centro da vila.
A cadeira de rodas de Daniel Machado já fez a “rodagem” no asfalto das estradas do centro da Benedita, uma vez que o acesso aos passeios estava condicionado pelas barreiras arquitetónicas, que existem em quase todas as localidades. Foi para corrigir este problema de acessibilidade e de segurança, que o vogal da Junta da Benedita desenvolveu o projeto de mobilidade que pretende transformar o centro da vila.
Entre a Rua da Serradinha, passando pela Avenida da Igreja, Rua Rei da Memória até à rotunda dos supermercados, todos os passeios já foram ou estão a ser rebaixados na zona das passadeiras, de forma a tornar o passeio pedonal e as passadeiras acessíveis a todos. A primeira fase do projeto, que inclui ainda o alargamento de passeios, a colocação de grelhas e a mudança de sinalização rodoviária, deverá ficar concluída no próximo mês.
“Este projeto é inteiramente do Daniel. Foi ele que o criou, o desenvolveu e o apresentou à Junta. Obviamente que foi acolhido pelo executivo, porque também era uma pretensão nossa melhorar as barreiras arquitetónicas da vila”, adianta a presidente da Junta da Benedita ao REGIÃO DE CISTER. “A Benedita há-de ficar eternamente grata ao projeto de Daniel Machado”, acrescenta Maria de Lurdes Pedro.
“Esta terra cresceu muito desordenadamente e a gestão e o planeamento urbanístico tão necessários não acompanharam o boom económico. E hoje em dia torna-se complicado tornar o que já está feito acessível”, explica o beneditense, que é um dos sócios-gerentes da DL Publicidade. Na verdade, a ideia de Daniel Machado já tinha mais de uma década, quando foi feito “um levantamento das maiores barreiras arquitetónicas e realizada uma exposição das mesmas”. Mas, “sem resposta à data” e o convite para integrar o executivo da Junta nas últimas eleições autárquicas, fez com que o empresário trouxesse de volta o projeto de mobilidade para cima da mesa, tornando-o uma prioridade. “A prioridade foi de tal ordem que a execução deste plano passou à frente das obras da Casa da Vila, que também se justificam por questões de acessibilidade”, nota a autarca, para quem “já é muito bom ver que algumas pessoas conseguem circular mais um bocadinho no centro da vila”.
A empreitada da Junta, orçada em 100 mil euros, inclui 90 intervenções em mais de 30 passadeiras. “A ideia é que esta seja uma primeira fase do projeto e as restantes façam alargá-lo na área geográfica”, explica Daniel Machado. Mas, ainda assim, fica ainda um problema por resolver. “As passadeiras ficarão acessíveis mas depois não conseguiremos entrar nos locais”, alerta o designer. Razão pela qual a Junta prevê realizar uma ação de sensibilização dirigida aos comerciantes para que juntos consigam tornar o centro da vila da Benedita mais acessível e seguro, para todos.