Sábado, Julho 12, 2025
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Bifanas dos Zés das Caldas, o clássico das Festas do Sítio

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O culto de Nossa Senhora da Nazaré tem mais de oito séculos de história e até já foi candidatado a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Mas nas últimas décadas há um novo culto que começa a afirmar-se nas tradicionais Festas do Sítio: as bifanas dos Zés das Caldas.

O culto de Nossa Senhora da Nazaré tem mais de oito séculos de história e até já foi candidatado a Património Cultural Imaterial da UNESCO. Mas nas últimas décadas há um novo culto que começa a afirmar-se nas tradicionais Festas do Sítio: as bifanas dos Zés das Caldas.

Durante as Festas é preciso ter muita… fé para ficar à espera na fila e ter direito a uma bifana ou a um pão com chouriço, que fazem crescer água na boca. A carne, o molho e o pão, feito em forno de lenha na hora, dizem os entendidos, justificam o sucesso do negócio. “Comer uma bifana ou um pão com chouriço nas Festas do Sítio – ainda antes de se realizarem no Parque Atlântico – é um hábito muito antigo”, conta Rui Delgado ao REGIÃO DE CISTER, enquanto pede para aviar duas bifanas e enquanto a mulher chega com as farturas do Pina. “As festas também são feitas destas tradições. E não há ano nenhum que passe sem virmos às bifanas e às farturas”, acrescenta Ana Martins.

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O mesmo acontece com Noémia Germano e Sofia Gonçalves, mãe e filha, respetivamente. “Vim diretamente de Cabo Verde, onde estive de férias, para as bifanas dos Zés das Caldas no Sítio”, revela a jovem. “É quase religioso vir ‘picar o ponto’ às bifanas das Festas do Sítio. O pão é muito bom”, acrescenta Noémia Germano, que prefere… o pão com chouriço.

O verdadeiro responsável do sucesso chama-se José Henriques, mais conhecido por “Zé das Caldas” ou “Zé das Bifanas”. Há 40 anos que monta o estaminé nas Festas do Sítio, na Nazaré. Inicialmente sozinho, mas hoje já com uma equipa de 10 pessoas. “A maior parte são família – o meu filho, a minha sobrinha, o meu cunhado, que também é sócio, e por aí”, conta o famoso “Zé das Caldas”. 

De Caldas da Rainha, é pelo Norte que a família mais tem andado nas últimas décadas com a “casa”, literalmente, atrás. “De maio a setembro andamos sempre nas romarias, principalmente no Norte do País”, explica o homem, que apesar da idade (71 anos) não perde uma feira. “No ano passado andava de canadianas, mas vim à Nazaré à mesma”, desabafa, enquanto olha para a cadeira onde permaneceu a maior parte do tempo sentado. “Maldita cadeira”, comenta, entre risos.Este ano, já anda a servir bifanas aos clientes, que já são amigos. “Fazemos muitas amizades por onde andamos”, nota.

Por estes dias, e até domingo, no pavilhão, que tem crescido de ano para ano nas Festas do Sítio, a equipa não tem mãos a medir: os três fornos não páram, a caixa registadora não tem descanso e os funcionários correm de um lado para o outro para dar conta dos pedidos. São centenas, às vezes milhares, as bifanas e os pães com chouriço que dali saem ensacados, com a promessa de que para o ano voltam. 

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