Tinha 6 anos quando “fugiu” dos pais durante um passeio para ficar horas sentado a apreciar os escultores e as esculturas de areia na Nazaré. Para o portomosense Rui Basilio, esse foi o momento em que se apaixonou pela arte. Ao ponto de o artista ter sido recentemente distinguido com o prémio de Arte Urbana promovido pela BMW.
Tinha 6 anos quando “fugiu” dos pais durante um passeio para ficar horas sentado a apreciar os escultores e as esculturas de areia na Nazaré. Para o portomosense Rui Basilio, esse foi o momento em que se apaixonou pela arte. Ao ponto de o artista ter sido recentemente distinguido com o prémio de Arte Urbana promovido pela BMW.
“O meu percurso ainda é curto. Sei desde sempre que gosto de pegar numa caneta ou num lápis e desenhar alguma coisa. No último ano tive várias oportunidades de elaborar projetos um pouco mais sérios e os resultados têm sido positivos e a pouco e pouco vou conseguindo deixar o meu registo”, revela o portomosense. Rui Basilio sublinha que no processo de criação é necessário sentir que está “no dia certo”.
“O conceito é o certo, o traço é o certo, a cor é a certa e todas as escolhas acabam por ser as corretas. Há muitos dias em que dá e infelizmente alguns em que não dá”, desabafa. Foi portanto o lema da inspiração momentânea, que guiou o artista na competição promovida pela marca automóvel BMW, que consistia na intervenção de um contentor, que serviu de apresentação do novo modelo Série 1 da BMW. O Movimento Fill the Culture, percorreu o País, com várias ações de rua e foi em Leiria que Rui Basílio expôs a sua obra.
“Foi repentino, emocionante e gratificante. Apresentei um projeto um pouco fora da caixa, devido à oportunidade livre que me deram de poder explorar o contentor da forma que quisesse”, relembra. “A rebarbadora já fazia parte da minha lista de acessórios a explorar graficamente, portanto, arrisquei. Quis valorizar a mão-de-obra de excelência que o ser humano pode oferecer ao mesmo tempo que a tecnologia continua a evoluir de forma abismal”, acrescenta.
Embora este seja um prémio a nível nacional, não é o projeto do qual o mestre em Design de Produto, pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, mais se orgulha. “Retratei a minha avó com a técnica de pontilhismo, a preto e branco, com cerca de 134 mil pontos a caneta. Fotocopiei o original e distribuí por todos os meus familiares como prenda de Páscoa e é o projeto do qual mais me orgulho”, revela ao REGIÃO DE CISTER. “Contrariamente ao esperado, o feedback da minha avó foi negativo, disse ela que tinha fotos bem mais bonitas para reproduzir”, graceja.
Dedicação e foco são as palavras de ordem na vida profissional do artista, que sonha abrir um ateliê e “arrepiar as pessoas” com as suas criações. “Tudo isto é, em parte, idêntico ao futebol: toda a dedicação, foco e um pouco de talento levar-te-á ao clube mais conhecido e com a maior plateia do mundo”, conclui.