A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) notificou formalmente a Câmara de Alcobaça de que deu início à fase de audiência prévia da reclassificação do Mosteiro de Coz, e suas dependências, para Monumento Nacional.
A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) notificou formalmente a Câmara de Alcobaça de que deu início à fase de audiência prévia da reclassificação do Mosteiro de Coz, e suas dependências, para Monumento Nacional.
“É um primeiro passo muito grande, que é quase tudo. Falta o ‘tudo’ com a publicação em Diário da República”, adiantou o presidente da Câmara de Alcobaça ao REGIÃO DE CISTER. “Isto é muito importante, não só pelo orgulho alcobacense, porque passamos a ter quatro monumentos nacionais. Mas também porque nos abre as portas por completo para os fundos comunitários. Sem ser monumento nacional, não podíamos concorrer. Além do mais, era uma vergonha o Mosteiro não ser monumento nacional”, nota Paulo Inácio.
Com o despacho da DGPC fica aberto o período de Consulta Pública para ultimar a decisão relativa à ampliação da classificação e à reclassificação, a categoria de monumento nacional.
A reclassificação “resulta de um trabalho moroso e árduo de décadas do qual o município nunca desistiu para que se fizesse justiça a um dos mais belos patrimónios do concelho de Alcobaça”, lê-se num comunicado enviado pela Câmara.
No âmbito da candidatura foi realizada a aquisição da antiga propriedade monástica, e desenvolvida a primeira fase de recuperação e valorização do espaço. ”A aquisição dos prédios envolventes ainda foi feita no mandato do Dr. Gonçalves Sapinho, a aquisiçao remanescente dos outros prédios e limpezas já foi no decorrer do meu mandato. Mas nunca ninguém tinha pensado que não era classificado monumento nacional. O Mosteiro estava registado nas Finanças, ponto final. Era como se fosse um barracão do Estado”, lamenta o chefe do executivo municipal.
Mais recentemente, Paulo Inácio entregou diretamente uma candidatura ao então ministro da Cultura, João Soares. “Depois disso veio um retrocesso, no qual era recordado que o Mosteiro de Coz era um imóvel de interesse nacional público. É uma coisa intermédia que não me satisfaz, bem pelo contrário: irritou-me. E junto da DGPC disse que não aceitava essa proposta de classificação porque era unânime que devia ser monumento nacional. As entropias foram levantadas e agora o município foi notificado que a audiência prévia está iniciada, com parecer favorável de que todo o aglomerado – igreja matriz e celas – como monumento nacional”, concluiu o edil.
A autarquia promoveu ainda a integração de Coz na Rota das Abadias Cisterciences e tem desenvolvido dinâmicas culturais, em parceria com a Junta de Freguesia e os agentes da comunidade local, refere o comunicado, acrescentando que assim tem justificado o elevado valor artístico, científico e histórico, bem como o elevado potencial cultural e turístico do monumento.
No concelho de Alcobaça, além do Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, também a Capela do Desterro, no Mosteiro, e o Pórtico Manuelino da Igreja da Vestiaria estão classificados como Monumento Nacional. O Mosteiro de Coz será o quarto.