Segunda-feira, Setembro 8, 2025
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Quatro décadas de uma casa aberta por amor à cidade

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Ângelo Santos apaixonou-se por Alcobaça à primeira vista, ou neste caso, à primeira visita. No final da passada década de 1970, o ouriense ficou “rendido” aos encantos da cidade, de tal forma que decidiu comprar uma loja de ferragens e iniciar uma nova vida naquela que descreve como “uma das cidades mais belas de Portugal”.

Ângelo Santos apaixonou-se por Alcobaça à primeira vista, ou neste caso, à primeira visita. No final da passada década de 1970, o ouriense ficou “rendido” aos encantos da cidade, de tal forma que decidiu comprar uma loja de ferragens e iniciar uma nova vida naquela que descreve como “uma das cidades mais belas de Portugal”.

“Tinha chegado de Moçambique há pouco tempo e estava a viver em Ourém. Quando visitei Alcobaça tive a certeza que devia criar raízes aqui”, recorda o empresário. A oportunidade estava, na verdade, ao virar da esquina. Quando viu a informação de trespasse na vitrina da “Casa de Ferragens do João Leitão”, Ângelo Santos não hesitou em desafiar o irmão para abrir um negócio. “Era uma das casas mais conceituadas da cidade e assim que soube da situação de trespasse decidi avançar com uma oferta”, confidencia.

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A loja de ferragens reabriu portas no número 5 da Rua D. Afonso de Albuquerque, em Alcobaça, em 1980. Segundo conta Ângelo Santos, a indústria na região enfrentava uma fase próspera e era comum a fila de clientes à porta da loja da família Santos. “Naquela data, tínhamos muitos clientes à procura de materiais de construção e de rega porque não havia grandes superfícies ou lojas especializadas como há agora”, nota.
Anos mais tarde, a gestão do espaço passou a ser partilhada com a mulher, Glória Santos.

O empresário considera que são uma “dupla infalível” e que a animação e simpatia são palavras de ordem na loja. “Com o passar dos anos aprendemos a criar rotinas e cada um trata da sua secção. Há assuntos em que sou a pessoa mais indicada para aconselhar o cliente, mas há outros em que a minha Glória se chega à frente… e muito bem”, elogia.

O proprietário confessa que o negócio já teve melhores dias, mas há ainda quem não troque os produtos da loja do “Sr. Ângelo” pelos das  grandes superfícies. Adaptar a oferta à procura e garantir a qualidade do produto são alguns dos princípios do espaço comercial. Para Ângelo Santos, “a confiança conquistada ao longo dos anos” é uma das principais razões para o regresso dos seus clientes. “Garanto sempre os produtos de máxima qualidade e tento ter uma grande variedade. Mas a proximidade com o cliente e o empenho para garantir que sai satisfeito vale também muito”, afirma.

É entre os estreitos “corredores” de prateleiras apinhadas com os mais variados artigos, desde produtos de limpeza, grelhas, vassouras a material de construção, que  passa grande parte do seu dia. As longas horas de trabalho são para o proprietário “uma distração para a mente”, pois acredita que “trabalhar no que se gosta não é realmente trabalhar”. “Sempre tive um bom olho para o negócio. Quando era pequeno vendia peões de madeira, feitos pelo meu pai, aos meus colegas. Comercializar faz parte do meu ser”, conta o lojista. 

Regressar a Moçambique e assinalar meio século de atividade na cidade de Alcobaça são dois dos desejos que o proprietário deseja concretizar nos próximos anos. Até lá, receber clientes diariamente já é suficiente para fazer sorrir o empresário que ainda tem “muita garra” para trabalhar. 

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