Sexta-feira, Abril 26, 2024
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Marisqueira Tonico começou como taberna há 90 anos

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Esta é uma história de família. Antes de António Manuel Raimundo ter criado a Marisqueira Tonico, no ano em que Portugal aderiu ao Euro, em 2002, já o espaço tinha tido outras funções e designações sempre pela mão da família.

Esta é uma história de família. Antes de António Manuel Raimundo ter criado a Marisqueira Tonico, no ano em que Portugal aderiu ao Euro, em 2002, já o espaço tinha tido outras funções e designações sempre pela mão da família.

Foi o pai, António Rodrigues Raimundo, que respondia ao diminutivo de Toino Manuel, quem se estreou nos negócios em Paredes da Vitória, terra à beira mar onde não existia qualquer casa comercial. “Ele veio para as Paredes com 14 anos por conta de um tio”, conta Tonico, que recorda o pai como pioneiro na restauração. Em 1930, o patriarca abriu naquele espaço uma taberna onde funcionava também a única mercearia das Paredes. “Naquele tempo vivia muita gente na praia, até mais do que hoje”, relata o empresário, que chegou a trabalhar por conta do pai, até ao momento em que o progenitor lhe emprestou 50 contos para abrir o negócio próprio.

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Nascia, assim, o bar Onda Quebrada, a 1 de junho de 1976, casa que passados cinco anos passaria a chamar-se Tonico. Não tardou até que passasse a quebrar recordes de venda de navalheiras, primeiro marisco servido no espaço, e o de “melhor tirador de cerveja da Sodicel, desde a Nazaré até à Figueira”. “Mantive essa marca durante três anos”, garante o empresário, que não tem dúvidas em afirmar que a Marisqueira Tonico “é conhecida a nível mundial, desde a Europa ao Canadá e à China”, muito por culpa das empresas de moldes que ali levam os clientes estrangeiros que se deslocam à região em negócios.

Ainda hoje Tonico mantém o mesmo fornecedor de navalheiras desde a fundação, o Frutos do Mar, na Atalaia, Lourinhã, mas, entretanto, o restaurante, que tinha inicialmente café, aumentou a oferta da ementa e atualmente há sapateiras, lagostas, lavagantes, canilhas, percebes, bruxinhas, cavacos e vários outros mariscos, a que se junta o peixe “fresquíssimo” da costa portuguesa. Para ajudar ao sucesso da marisqueira, Tonico conta com vários viveiros, nos anexos do restaurante, que garantem a frescura do que é servido à mesa. Ali também não falta uma cozinha criada só para confecionar o marisco.
Toda a família já conhece os segredos do negócio de Tonico. Além da mulher, Maria Fernanda, os dois filhos, Maria Inês e João, integram a sociedade que gere a marisqueira. Desde a fundação que o primo Joaquim Manuel Raimundo se mantém como cozinheiro e António Cândido Arrimar, apesar de não ser da família, está lá desde o início como ajudante da arte de cozer o marisco.

Certo é que Maria Inês e João vão assumir o leme, até porque o pai, com 72 anos, já está reformado, apesar de continuar a trabalhar todos os dias para o sucesso da casa, que em 2018 foi alvo de uma remodelação.

Entretanto, a jovem herdeira avançou, este mês, com uma forma de diversificar o negócio, através da criação da garrafeira “Victoria” com venda de vinhos de todas as regiões do País. Entre os pontos fortes está o horário alargado, que acompanha a hora de encerramento do restaurante. “Entregamos em todo o País”, explica Maria Inês, que associou a marca a uma causa nobre: 10% de cada garrafa vendida revertem para a Associação Protetora dos Animais da Marinha Grande e até final deste verão a empresária conta entregar o donativo à organização. A par desse gesto, a garrafeira da família também aceita oferta de comida para os animais de quatro patas.
 

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