Há muito que a leitura deixou de ser feita, exclusivamente, em formato impresso. “Do papel ao digital” é o lema do projeto “Ser+, Ler+@lém” das Bibliotecas do Agrupamento de Cister, que desafia os alunos a aliar os meios multimédia aos “tradicionais” para adquirir novos conhecimento e explorar novos projetos.
Há muito que a leitura deixou de ser feita, exclusivamente, em formato impresso. “Do papel ao digital” é o lema do projeto “Ser+, Ler+@lém” das Bibliotecas do Agrupamento de Cister, que desafia os alunos a aliar os meios multimédia aos “tradicionais” para adquirir novos conhecimento e explorar novos projetos.
A iniciativa decorre no âmbito do projeto “Biblioteca Digital” da Rede de Bibliotecas Escolares. Através de uma candidatura, as bibliotecas da Escola Básica 2/3 D. Pedro I, da EB2/3 Frei Estêvão Martins e da Escola Básica 2,3 de Pataias apresentaram um plano de atividades de dois anos, que alia as disciplinas de Matemática e Inglês à exploração multimédia. “Graças à candidatura, as bibliotecas receberam tablets que vão auxiliar os alunos do 6.º e 9.º ano ao longo do projeto”, explica a professora bibliotecária do Agrupamento ao REGIÃO DE CISTER.
Os alunos do 6.º ano, no âmbito da disciplina de Matemática, vão ler a obra “O rapaz que teve O a Matemática” e realizar trabalhos de pesquisa em plataformas multimédia com vista a comprovar a presença da matemática no dia-a-dia. “Os estudantes vão ter a oportunidade de apresentar trabalhos em formato digital e explorar aplicações que vão ajudar a ampliar o seu conhecimento”, afirma Maria João Rodrigues.
Estes alunos foram ainda convidados a participar da leitura dramatizada de um texto criado por uma docente e focado na Matemática. “O objetivo é fazer pequenos filmes para partilhar com a restante comunidade através das plataformas sociais da rede de Bibliotecas do Agrupamento e até no Youtube”, conta.
Por sua vez, os estudantes do 9.º ano vão participar na iniciativa através da disciplina de Inglês. “O desafio para estes jovens é um pouco diferente. Devem ler livros em inglês e posteriormente recorrer a uma aplicação indicada pelos docentes para criar jogos didáticos para os colegas do 7.º ano”, conta.
As atividades serão desenvolvidas em sala de aula, sendo, por isso, parte do método de avaliação. “Creio que atesta a atualidade do projeto educativo desenvolvido no Agrupamento de Cister. A avaliação do trabalho em grupo e a capacidade de promover e integrar novas iniciativas no projeto educativo dos estudantes faz parte do perfil de um Agrupamento que quer acompanhar a evolução da sociedade”, atesta a responsável.
No entanto, Maria João Rodrigues afirma que “nada disto é inédito”, pois são vários os professores que já recorrem a soluções multimédia durante as aulas. “É importante desconstruir preconceitos. Um aluno que lê no papel também lê no digital e este pode ser um bom auxílio porque fornece ferramentas que ajudam a explorar outras capacidades”, nota.
O projeto arrancou na Escola Básica 2/3 D. Pedro I, onde será explorado durante um trimestre. O plano é que no próximo ano letivo a iniciativa seja alargada a mais turmas do 6.º ano através da disciplina de Inglês.