Quinta-feira, Maio 8, 2025
Quinta-feira, Maio 8, 2025

Supermercado do Quico alimenta tradição de mercearia na Nazaré

Data:

Partilhar artigo:

Em meados do século XX o destino da maioria dos nazarenos era o mar. Com o apoio dos pais, Joaquim Quico “escapou” à vida de pescador ao abrir uma mercearia na vila da Nazaré com apenas 16 anos. Volvidas mais de seis décadas, a mercearia, que evoluiu para supermercado, continua a ser uma referência no comércio tradicional na Nazaré.

Em meados do século XX o destino da maioria dos nazarenos era o mar. Com o apoio dos pais, Joaquim Quico “escapou” à vida de pescador ao abrir uma mercearia na vila da Nazaré com apenas 16 anos. Volvidas mais de seis décadas, a mercearia, que evoluiu para supermercado, continua a ser uma referência no comércio tradicional na Nazaré.

É a mulher, Carolina Quico, quem tem assumido  o negócio nos últimos anos devido à saúde debilitada do marido. Mas, a história do casal quase se confunde com a da mercearia. “Quando me casei aos 21 anos o meu marido já tinha a mercearia. Agora tenho 70 anos… veja lá há quantos anos é que aqui estou”, atira a pederneirense.

Região de Cister - Assine Já!

“Os meus sogros não queriam que o meu marido fosse para o mar e como ele já tinha trabalhado como aprendiz noutras mercearias arranjaram-lhe um espaço para abrir a sua própria mercearia”, recorda a comerciante, que largou o campo ainda jovem para dar apoio ao marido na então mercearia. “Ele chegou também a trabalhar como motorista de pesados para a cooperativa de retalhistas e eu ficava a tomar conta da mercearia”, conta, enquanto atende uma cliente e vai confirmar o preço da compota à prateleira.

A loja do Quico, que abriu em 1958, foi conquistando o seu lugar ao longo dos anos, ao ponto de ter evoluído para um estabelecimento de maiores dimensões e de self-service, tal como acontecia nos primeiros supermercados das grandes cidades. “Chegámos a ter empregadas, principalmente no verão, porque não conseguíamos dar conta do recado com tantos clientes”, recorda.

O supermercado viria a abrir portas em 1984 num quarteirão acima da primeira mercearia, local onde hoje a família explora um negócio de alojamento local. O supermercado do Quico viria a tornar-se numa das lojas de referência na Nazaré. “Vinham pessoas de todo o lado de propósito. Havia muita diversidade e coisas que não havia em mais lado nenhum na região“, conta Carolina Quico, destacando o “café da avó” que era feito pelo marido. 

Com o decréscimo do negócio retalhista, a realidade é bem diferente. “Agora até o pão se vende mal”, lamenta a comerciante, confessando que “há clientes que entram e saem sem comprar nada”. “As pessoas vêm aqui buscar o que lhes falta à última hora”, desabafa a mulher, admitindo que nem os “viajantes” têm salvo o negócio. Com os três filhos “nas suas vidas”, confessa também que já pensou em fechar a porta do estabelecimento, mas o médico aconselhou-a a não o fazer. “Enquanto tiver saúde é por aqui que me vou entretendo“, admite a pederneirense, com um olho na televisão e outro no cliente que acaba de entrar no supermercado.   
 

AD Footer

Artigos Relacionados

Hóquei: Eborense Sandra Coelho conquista Mundial de clubes

Sandra Coelho sagrou-se campeã do mundo de clubes, este domingo, depois de ter ajudado as espanholas do Vila...

Ténis: Veteranos de todo o País destacaram-se no regresso de torneio ao CT Alcobaça

Filipe Sustelo (Clube Ténis de Setúbal), Dominika Goreka (Lisboa RC) e a dupla Patrícia Couto (CTP Brandão)/Catarina Ferreira...

Homem detido por tentativa de homicídio em Pataias

Um homem, de 30 anos, foi detido pela Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Leiria,...

Seu Jorge dá concerto em Alcobaça em agosto

Seu Jorge está de regresso a Portugal e tem passagem marcada por Alcobaça no próximo dia 9 de...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!