Terça-feira, Abril 23, 2024
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Mata Nacional do Vimeiro, o pulmão verde do concelho de Alcobaça

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Prepare uns ténis confortáveis para um passeio descritivo de cerca de quatro quilómetros pelo pulmão verde do concelho de Alcobaça. O REGIÃO DE CISTER percorreu a Mata Nacional do Vimeiro, numa visita guiada pela autarquia, e deixa-lhe algumas sugestões. Mas já lá vamos.

Prepare uns ténis confortáveis para um passeio descritivo de cerca de quatro quilómetros pelo pulmão verde do concelho de Alcobaça. O REGIÃO DE CISTER percorreu a Mata Nacional do Vimeiro, numa visita guiada pela autarquia, e deixa-lhe algumas sugestões. Mas já lá vamos.

A Mata Nacional do Vimeiro, popularmente conhecida por Mata do Gaio, divide-se em quatro matas: a Mata da Roda, a Mata do Gaio, a Mata da Ribeira e a Mata do Canto. São 267 hectares de pura natureza, que estiveram na posse dos monges de Cister até 1834. 

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Sobressaem o pinheiro-bravo, que ocupa 60% da área total, seguido pelo eucalipto, sobreiro e carvalho-português, com 8% e 6% da área total, respetivamente. Em 1846, a Mata do Vimeiro estava coberta de carvalho-português e sobreiro, mas devido a um corte raso que sofreu nessa data, apenas subsiste uma mancha de 20 hectares de sobreiro e carvalho-português com mais de 200 anos.

A história da Mata Nacional do Vimeiro, que remonta há vários séculos, conta com uma curiosa particularidade: entre 1930 e 1950 foi local de diversas experiências com cunho do engenheiro Joaquim Vieira Natividade, um dos grandes nomes da investigação florestal em Portugal, que se notabilizou no desenvolvimento dos domínios subericultura e fruticultura.

Os trabalhos de investigação da Estação Experimental do Sobreiro e Eucalipto (3) decorreram em plena mata e ainda hoje se podem observar resultados das investigações nos sobreiros, que têm características distintas, mas também no espaço que serviu de laboratório e que tem uma zona especialmente bonita.

O percurso “inaugurado” há um ano pelo município começa na antiga casa do Guarda (1), um edifício no qual apenas sobrevive a estrutura e que fica localizado por trás da associação local, junto ao parque de merendas. As sinaléticas vão ajudar a seguir o caminho certo, mas tome atenção aos detalhes encantadores. 

Seguimos, então, caminho pela Mata (2), onde também encontra um depósito de água que servia os antigos viveiros, nos quais se fizeram as referidas experiências, e onde existem filas encantadoras de aveleiras ali perto. Não estranhe se encontrar vestígios de esquilos e, já agora, leve a máquina fotográfica. A época de verão é a ideal para uma boa chapa. 

Seguindo caminho, ora plano, ora mais acidentado, encontrará vestígios de recolha de cortiça, mas muito mais há para ver.

Na fonte da Pena da Gouvinha, que em tempos servia os populares, chegou-se a fazer fila para encher os garrafões de água. De tal forma, que foi deliberado que cada popular apenas podia levar oito garrafões de água e teria que “dar oportunidade aos outros”.

Hoje em dia serve como ponto de paragem para refrescar durante o passeio e, se o desejar, pode aproveitar o local para comer o que tiver aviado em casa. É que ao lado da fonte está localizado um parque de merendas.

Durante as duas horas de caminho, tempo estimado para percorrer o percurso, observa-se, ao nível do estrato arbustivo, medronheiros, urzes, tojos, mas também acácias e silvas. Junto ao solo há algumas ervas aromáticas e uma grande diversidade de cogumelos.

Já o esquilo-vermelho, o sacarrabo, o javali, a águia-de-asa-redonda e o gaio, que deu o nome popular à Mata, constituem a fauna típica dos 267 hectares da Mata Nacional. Apesar de não haver registo de fogos, de acordo com o ICNF, 90 árvores foram arrancadas pela raíz, aquando de um forte vento que assolou a região a 19 de janeiro de 2013.

Ao longo dos anos, a Mata Nacional do Vimeiro tornou-se um dos locais de referência das visitas de estudo das escolas, mas o município encetou esforços para a criação de um percurso que está acessível e devidamente sinalizado para um dia diferente.

Em família ou com amigos, o importante é ir à descoberta daquela que é uma joia verde do concelho de Alcobaça.

 

Fotografia: João Sousa

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