Até ao próximo domingo, os mirenses vão poder recordar alguns dos momentos mais marcantes da organização das festas em honra de Nossa Senhora do Amparo, a padroeira da vila.
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“40 anos de Quarentões em Mira de Aire” é o título da mostra que está patente no Centro de Exposições da antiga Igreja Matriz e que dá a conhecer o espólio de todos os grupos que organizaram o evento, desde 1982, à exceção dos anos entre 1983 e 1991, já que nesses anos as festas foram organizadas por outra entidade.
Fotografias, brindes, indumentárias e cartazes de cada um dos grupos responsáveis pela iniciativa mais emblemática de Mira de Aire são alguns dos objetos que podem ser vistos nesta exposição, que inclui ainda uma sala multimédia, um espaço destinado a diversos eventos realizados ao longo do ano, e ainda, um local pensado para as crianças, onde é também possível tirar fotografias criativas.
A exposição pretende assinalar as quatro décadas da realização da primeira festa organizada por um grupo de “quarentões”. “Faz precisamente este ano 40 anos deste acontecimento”, avança ao REGIÃO DE CISTER Bruno Batista, membro dos Quarentões de 1982, responsável pela organização da mostra e das festividades de 2022.
Como é tradição, o grupo de mirenses que completa 40 anos nesse ano civil organiza as Festas em Honra de Nossa Senhora do Amparo. Nos primeiros anos, apenas a realização da festa de Natal era da sua responsabilidade, mas atualmente é responsável pela dinamização de diversos eventos ao longo do ano. “As festas estão totalmente diferentes e são cada vez mais diversificadas”, nota Vítor Santos, elemento do primeiro grupo de Quarentões.
O “acender da fogueira” na véspera de Natal, no largo da Igreja Matriz, é um dos momentos altos das festividades do fim do ano, assim como o “cantar das janeiras”, no início do ano, o primeiro evento organizado pelo grupo de Quarentões seguinte, que no próximo ano será o dos nascidos em 1983.
“É um evento único em Mira de Aire e uma oportunidade para rever os mirenses que regressam à sua terra natal”, sublinha Adérito Micaelo, membro dos Quarentões de 1994 e responsável pela primeira edição das Janeiras naquele ano. “Faça chuva ou faça sol, a população pára tudo para cantar as Janeiras”, acrescenta.
Depois de um interregno de dois anos, devido à pandemia, as Janeiras estão de regresso a Mira de Aire, no próximo mês, mas a data ainda não foi divulgada pelos Quarentões de 1983.
Como manda a tradição, a população vai reunir-se ao final da tarde e passar pelos diversos pontos da vila, como o Largo da Igreja, o Abrigo Familiar Casa S. José, o quartel dos Bombeiros ou Largo Nossa Senhora da Boa Morte. Em cada porta são cantadas as Janeiras e, de seguida, degustam-se as tradicionais castanhas, as nozes, as maçãs, o chouriço e as morcelas. Uma herança cultural que se pretende deixar para as futuras gerações.