Dificilmente encontrará duas peças iguais do Espaço 23, ateliê de cerâmica da Nazaré que junta a arte e o amor do casal Hugo e Sandra Trindade. Ensinam a trabalhar o barro, desenvolvem design de cerâmica para projetos e fazem sucesso ao aplicar traços contemporâneos a peças tradicionais.
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As barracas da praia da Nazaré foram o primeiro produto a ser reinventado, quando em 2007 abriram um espaço perto da Marginal da vila no… n.º 23. “Não havia aquela réplica das barraquinhas em cerâmica e começámos por aí”, explica Sandra Trindade, que se mudou para a Nazaré depois de conhecer o marido em Caldas da Rainha, onde ambos frequentaram a licenciatura de de Artes Plásticas – Escultura, na ESAD. “Mais recentemente fizemos os vasos Maria e Manel, que retratam as nazarenas com o cachené e os nazarenos com o barrete”, acrescenta a ceramista. “Mas todos são diferentes, quer seja nas cores ou no tamanho”, explica. Desde a modelação à vidragem, as variadas peças utilitárias e decorativas, conhecidas pela combinação de cores, são o resultado de “muitas formações”. “O que gostamos mais é quando o cliente nos procura e desafia a fazer um projeto“, conta o nazareno Hugo Trindade, dando como exemplo os copos dos cocktails do restaurante JNcQuoi, em Lisboa, que são uma criação do Espaço 23.
O ateliê está também aberto a miúdos – ATL durante o verão – e graúdos – “há muitos estrangeiros que nos procuram”, alunos da Universidade Sénior, onde Sandra Trindade é professora, e todos os que tenham interesse em aprender mais sobre a cerâmica. Hugo Trindade trabalha e ensina a trabalhar na roda do oleiro, Sandra Trindade dedica-se também à bijuteria, sobretudo os brincos em porcelana, grés preto e paperclay. Um espaço aberto à criatividade e ao trabalho manual.