Segunda-feira, Setembro 25, 2023
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Blocotelha avança para última fase de construção do ITER

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A Blocotelha está prestes a terminar a participação no projeto de construção daquele que é considerado o maior reator nuclear experimental, conhecido como ITER (International Thermonuclear Experimental Reactor), em Saint-Paul-lès-Durance, no sul de França. A empresa sediada em Porto de Mós iniciou a última fase da obra, que deverá estar concluída até final deste ano.

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O projeto, que teve início em 2020 para a Blocotelha, foi adjudicado por um valor superior a 15 milhões de euros e tem previsto o fornecimento e montagem de mais de 2 mil toneladas de estruturas metálicas, 11 mil metros quadrados de coberturas e 17 mil metros quadrados de revestimentos.

O projeto prevê a construção do maior Tokamak do mundo, ou seja, um dispositivo de fusão magnética criado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia em grande escala e livre de carbono, com base no mesmo princípio que alimenta as estrelas e o sol. Enquanto parceira do consórcio europeu, a empresa de referência europeia em construções metálicas tem 20 profissionais alocados ao projeto com a responsabilidade de fornecimento e montagem das estruturas metálicas, revestimentos e coberturas de quatro edifícios (B71, B75, B34 e B37) e três pontes (Cryoline, Busbar M1 e Busbar M2).

Depois de praticamente concluída a montagem da estrutura metálica dos edifícios, e com mais de 70% dos revestimentos colocados, segundo a empresa adianta em comunicado enviado à comunicação social, serão iniciados os trabalhos de elevação da última ponte (Busbar M2) ao mesmo tempo que são finalizadas as restantes, já elevadas.

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“A construção do ITER apresenta diversos desafios técnicos significativos, inerentes à complexidade do projeto e aos requisitos envolvidos na criação de uma instalação de fusão nuclear”, salienta a responsável de Qualidade e coordenadora de Soldadura da empresa, citada em comunicado. “A construção de uma instalação tão complexa requer planeamento detalhado, coordenação eficiente entre equipas multidisciplinares e resolução de problemas em tempo real”, acrescenta Sofia Filipe, para quem o ITER “é um projeto de grande escala, uma obra que se distingue pela grande exigência ao nível da qualidade e da segurança”.

Para o Chief Commercial Officer da Blocotelha, o projeto é “um grande desafio”. “Mas, ao mesmo tempo, é muito gratificante podermos contribuir e colaborar com peritos de todo o mundo, num projeto com impacto tão significativo no futuro da energia e no mundo”, considera Erico Ferraria.

Desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 1950, o Tokamak foi adotado em todo o mundo como a configuração mais promissora do dispositivo de fusão magnética. O ITER será o maior tokamak do mundo, com o dobro do tamanho da maior máquina atualmente em operação, com um volume da câmara de plasma dez vezes maior. O projeto está a ser construído com a colaboração de 35 países, sendo a Europa responsável pela maior parcela dos custos de construção do ITER (45,6%), estando o restante dividido igualmente por China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.

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