A empreitada de beneficiação do IC2 entre Asseiceira, em Rio Maior, e Freires, na Benedita, deverá estar finalizada até final deste ano, garantiu o ministro das Infraestruturas ao REGIÃO DE CISTER, após ter feito uma visita à obra – mais concretamente junto à futura Área de Localização Empresarial da Benedita – na tarde da quarta-feira da semana passada. “Deverá estar pronto até final deste ano”, garantiu João Galamba.
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A empreitada resulta de um investimento superior a 8,4 milhões de euros, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, e prevê a reabilitação integral do pavimento, reforço e reabilitação do sistema de sinalização (horizontal e vertical) dos equipamentos de segurança da estrada e do sistema de guiamento e balizagem, beneficiação global do sistema de drenagem da via e reformulação de cinco interseções de nível com construção de rotundas. A obra era há muito aguardada, tendo o processo sido arrastado por vários anos – durante os quais se realizaram várias marchas lentas –, e começado apenas em janeiro do ano passado.
Acompanhado pelo secretário de Estado das Infraestruturas [Frederico Francisco], o ministro das Infraestruturas fez uma visita àquele troço da IC2, tendo durante cerca de 20 minutos, assistido a uma apresentação da obra, realizada pelo engenheiro Rafael Almeida, ouvindo depois as preocupações do presidente da Câmara de Alcobaça. “As boas ligações viárias são fundamentais para o desenvolvimento e para a mobilidade de todos os que aqui vivem e trabalham. Há muito que estas obras vinham sendo reclamadas por nós. Estamos num eixo com grande volume viário e de vital importância para a circulação de pessoas e bens”, afirmou Hermínio Rodrigues, revelando também uma preocupação constante: “este traçado atravessa muitas populações e as questões de segurança rodoviária são uma grande preocupação para todos nós, dado o volume de acidentes constante, muitos deles de extrema gravidade”, disse, acrescentando que a empreitada de requalificação do IC2 é, por isso, “muito bem recebida”.
Durante a sessão, o ministro das Infraestruturas realçou a importância desta obra: “Estas intervenções demonstram a importância de trabalhar em projetos fundamentais para manter a rede existente, que façam a diferença no dia a dia, não só das empresas, mas também das populações”. João Galamba parabenizou ainda as “soluções muito inovadoras ao nível do pavimento”, o que permitiu “reduzir a produção de resíduos”.
Além disso, o governante classificou a obra como um exemplo. “Parabéns por este excelente exemplo de como se pode mostrar que construindo também podemos defender um ambiente. Julgo que é, de facto, uma solução a ser seguida noutras estradas”, salientou, garantindo que Governo e IP [Infraestruturas de Portugal] estão “comprometidos em melhorar as acessibilidades”.
Presente esteve também o presidente do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal, Miguel Cruz, considerando tratar-se de “um projeto que se pretende mostrar como projeto piloto em matéria de economia circular”, “não apenas pela importância que tem para as acessibilidades da região, mas também porque é uma conjugação entre aquilo que é um objetivo de melhoria de acessibilidades e simultaneamente uma aposta em matéria de sustentabilidade”. “Este é um exemplo de utilização de materiais e é um exemplo de investimento em economia circular”, reiterou Miguel Cruz.