Joaquim Morais deixou, esta terça-feira, as funções de presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Nazaré, mas o sucessor, José Sales, e o comandante Mário Cerol aproveitaram a tomada de posse dos novos órgãos sociais para reclamar a presença do agora presidente cessante no dia a dia da instituição, no que se pretende seja uma transição tranquila.
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“Precisamos dos seus conselhos, da sua experiência”, assinalou o novo presidente da associação, reconhecendo que “a fasquia foi colocada muito alta” por alguém que foi uma “trave-mestra desta casa durante 37 anos”. Joaquim Morais “será sempre uma figura maior desta instituição”, declarou José Sales, que integrou as últimas Direções com o antigo comandante da corporação.
Emocionado, Mário Cerol destacou o facto de a associação ter adquirido recentemente equipamento no montante de 25 mil euros e ter assinado um protocolo com o Externato D. Fuas Roupinho para o desenvolvimento de um curso de nível IV de bombeiro naquela escola. “Fizemos muita questão que estes momentos tivessem ocorrido no seu mandato”, declarou o comandante, que teceu rasgados elogios a “um homem dos bombeiros, desta casa” e uma “voz sábia”, a que continuará a recorrer.
“Cessar funções é deixar aqui um pedaço do que sou. Mas é tempo de dar espaço aos mais novos. Não podemos estagnar, temos de continuar a fazer obra. Acredito na mudança e nos bombeiros”, salientou Joaquim Morais, que entrou para o corpo em 1975 e desempenhou várias funções ao longo destas décadas.
Na presença do presidente da Câmara, o novo presidente dos Bombeiros da Nazaré alertou para o facto de ser necessário substituir “viaturas operacionais com mais de 20 anos” e pediu à autarquia que olhasse para a instituição como “foco de investimento”.
Em resposta, Walter Chicharro garantiu disponibilidade para continuar a apoiar a associação e a “garantir que os meios técnicos necessários” estarão assegurados à corporação.
Presente na cerimónia, Marco Martins, vice-presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, valorizou o percurso de Joaquim Morais, como “comandante, presidente, bombeiro e formador” e o reconhecimento de que foi alvo pela associação. “Não podemos nunca planear o futuro sem reconhecer o passado”, frisou o dirigente.