A 6 de junho de 2004, a Biblioteca viveu um dos pontos mais altos da sua história ao ser vice-campeã nacional de juvenis. Na final do campeonato, a formação valadense, então liderada por Hermínio Mor, foi derrotada pelo FC Porto (1-2), numa partida disputada no Entroncamento.
Na equipa de Valado dos Frades figurava Luís Silva, ele que este domingo (17 horas) quererá uma história diferente desse duelo e tem o sonho de eliminar o FC Porto nos 16 avos da Taça de Portugal num jogo em que terá, por certo, o forte apoio dos seus conterrâneos.
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É, pelo menos, esse o desejo do craque: “Quando entrarmos dentro de campo está 0-0, por isso, vamos tentar juntar as nossas forças para tentarmos uma proeza”, começou por dizer ao REGIÃO DE CISTER, recordando que, em 2004, o jogo não era tão desnivelado como será o de domingo. “Estamos a falar de um FC Porto que é campeão europeu, com vários títulos de campeão nacional, com um legado ímpar na modalidade…”, justificou o experiente jogador que já jogou contra os ‘dragões’ por mais de uma dezena de vezes na carreira.
Ao serviço da equipa sénior da Biblioteca, o clube do coração, será a primeira vez que defronta o FC Porto e Luís Silva desvenda a receita que os valadenses vão utilizar para tentar travar um histórico do mundo do hóquei. “Vai ter que haver muito sacrifício e vamos ter de nos unir muito”, adiantou, considerando que, para “uma gracinha”, será preciso “um dia mau do FC Porto e o melhor dia da história da Biblioteca”.
Além disso, referiu também, será crucial o guarda-redes valadense. “Tem um papel muito importante em todos os jogos, mas, sobretudo neste, será absolutamente decisivo para o que possa acontecer”, analisou Luís Silva, deixando uma garantia: “não vamos estacionar o autocarro à frente da nossa baliza. Vamos tentar fazer pressão no portador da bola e arriscar mais no contra-ataque”, asseverou.
O defesa, de 34 anos, reconhece o poderio dos dragões e elencou Carlo Di Benedetto, Gonçalo Alves e Hélder Nunes (este último com quem pretende trocar a camisola no final do encontro) como as principais armas dos azuis e brancos. No caso da Biblioteca, as principais armas, segundo Luís Silva, são a união e o forte apoio com que contarão no Pavilhão Amável dos Santos. “Os adeptos vão ser muito importantes no decorrer dos 50 minutos”, disse.
Em 2004, a Biblioteca perdeu pela margem mínima – Nelson Pereira e João Pinto adiantaram os azuis na primeira parte e Miguel Mor reduziu para o emblema de Valado dos Frades já na etapa complementar –, mas, volvidas duas décadas, Valado dos Frades volta a sonhar com um feito inédito.
E para isso conta com Luís Silva, ele que sabe o que é ganhar ao FC Porto, uma vez que ajudou (com um golo) o HC Turquel a vencer os dragões (8-5), a 14 de fevereiro de 2017.
Repetir-se-á, desta feita, a proeza?