O Agrupamento de Escolas de Cister lançou, nos últimos meses, as bases para o “Projeto Cultural de Escola” – no âmbito do Plano Nacional das Artes –, que tem como objetivo primordial dar resposta a uma preocupação constante “visando o desenvolvimento global do ser humano no seu todo, colocando a criatividade em destaque.
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As temáticas da saúde mental, da violência ou da paz, das desigualdades, dos Direitos Humanos e das Crianças, sociais e políticas, foram e serão sempre temas centrais do nosso percurso”, lê-se na apresentação do projeto educativo.
Com recurso às artes, que configuram um meio de expressão primordial do pensamento e opinião crítica, pretende dotar-se os alunos de um “conjunto de habilidades responsável pela autonomia de cada indivíduo, capacitando-os de uma atitude interativa e construtiva com a comunidade onde se inserem”. Através da expressão plástica/visual das artes performativas como a música e a dança, ou ainda através da escrita, os alunos serão certamente atores participativos com um olhar crítico sobre diversos temas, contribuindo, dessa forma, para uma comunidade educativa e local mais coesa e inclusiva.
As propostas são diversas: “A Volta ao Mundo em contos da Disney”, que teve uma primeira edição no mês de outubro e terá várias apresentações ao longo do ano letivo, o projeto “Drama” – apresentações de expressão dramática nas quais os alunos do 1.º ciclo do ensino básico são os atores principais –, apresentações, espetáculos, bailados e concertos realizados pelos alunos do ensino artístico especializado, as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, concertos inclusivos, exposições itinerantes, noite das artes, olimpíadas do desenho e da pintura aos “3 minutos de música… um espetáculo”. Daí vão resultar, entre outras, saraus artísticos, formações, conferências, debates, dramatizações, exposições e outros tipos de publicações.
Os destinatários são todos os estudantes do Agrupamento de Escolas de Cister, dos vários níveis de escolaridade, sendo que o projeto conta com outras entidades parceiras, tais como, a título de exemplo, o Município de Alcobaça, UFAV, Centro Qualifica, ABA Banda de Alcobaça – Associação de Artes, Centro de Formação de Alcobaça e Nazaré, Mosteiro de Alcobaça, Cesuca, entre outras.
“A escola, enquanto espaço privilegiado na partilha de conhecimentos e com responsabilidade na construção da cidadania de cada aluno/ ser humano, tem um papel importante no acesso às artes e à cultura. Pretende-se, assim, que o projeto cultural de escola atenda à especificidade cultural do meio e às diferentes comunidades que o integram. Conhecer o património local, valorizá-lo e salvaguardá-lo será o princípio orientador das iniciativas que integrarão este Projeto Cultural de Escola”, refere ainda o documento.
A primeira reunião da comissão consultiva do “projeto Cultural de Escola”, decorreu no passado dia 19 de dezembro, na Escola Secundária D. Inês de Castro, estando lançadas as bases para que o projeto possa começar a ser colocado em prática.
Já o Plano Nacional das Artes nasceu de um protocolo entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação e tem como missão promover “a transformação social, mobilizando o poder educativo das artes e do património na vida dos cidadãos: para todos e com cada um”, contando, para isso, com entidades provenientes de diversos quadrantes da sociedade.
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