As Grutas de Mira de Aire vão abrir um espaço que vai contar a história da espeleologia e dar a conhecer a evolução do setor. Localizada à entrada do complexo, a “Casa do Conhecimento”, que vai ser inaugurada no final do primeiro semestre deste ano, pretende complementar a oferta turística atual e enriquecer a experiência de visitação.
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“O objetivo é promover o conhecimento e permitir que os visitantes saiam daqui mais bem informados”, avança o presidente do Conselho de Administração das Grutas de Mira de Aire. “Queremos também atrair novos públicos e receber mais escolas e instituições de ensino nacionais e internacionais”, destaca ao REGIÃO DE CISTER Carlos Alberto Jorge.
A “Casa do Conhecimento” vai mostrar o enquadramento geomorfológico da região e expor uma seleção de rochas e minerais. Neste espaço museológico vai também ser possível observar cristais que não se podem visualizar a “olho nu”.
Numa segunda fase do projeto, vão ser desenvolvidas visitas virtuais de 360 graus às grutas a partir da Casa do Conhecimento, destinadas àqueles que têm mobilidade reduzida. O aumento da sustentabilidade é outras das preocupações do grupo que instalou no teto da nova estrutura painéis fotovoltaicos que já são responsáveis pela produção de cerca de 40% da energia que é consumida em todo o complexo.
A criação da Casa do conhecimento foi também motivada pelo aumento de visitantes das Grutas de Mira de Aire. Apenas no ano passado, visitaram a maior atração do concelho de Porto de Mós, cerca de 178 mil pessoas, tendo sido o ano com maior afluência, desde 1994.
“Se a procura se mantiver, atingiremos, este ano, os 200 mil visitantes”, considera o responsável pelo complexo turístico que abriu as portas ao público em agosto de 1974.
“No mês de janeiro, verificámos um acréscimo de 12,7% em entradas, face ao mesmo mês do ano passado”, adianta Carlos Alberto Jorge. “Outra das vantagens é a questão da sazonalidade que já não é tão vincada como antes. Cada vez recebemos mais turistas ao longo de todo o ano, e não só no verão, como antes”, acrescenta. Os visitantes são maioritariamente provenientes do Brasil, de França e de Espanha, mas há cada vez novos públicos, dos quatro cantos do globo.
Neste verão, assinalam-se os 50 anos da abertura das grutas que, até então, receberam 8 milhões de visitantes. “É como se quase toda a população de Portugal nos tivesse visitado”, salienta o fundador.
Quem quiser visitar as maiores grutas do País e jantar à luz de velas, a quase 100 metros de profundidade, pode fazê-lo já na próxima quarta-feira, no Dia dos namorados. Como tem vindo a ser tradição nos últimos anos, o complexo irá proporcionar esta experiência única a 20 casais.