Um adolescente de 14 anos foi agredido, na via pública, em Pataias, a 6 de março, quando saía do prédio onde tinha acabado de frequentar explicações, na Avenida da Lagoa.
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Ao que o REGIÃO DE CISTER conseguiu apurar junto da mãe do adolescente, a vítima foi cercada por um grupo de, pelo menos, cinco jovens também menores, entre os quais alunos da EB 2,3 de Pataias. O agredido, que frequenta outra escola do Agrupamento de Escolas de Cister (AE Cister), terá sido esmurrado e pontapeado.
O comandante do destacamento da GNR de Caldas da Rainha, alferes João Marçal, confirma que foi apresentada queixa no posto de Pataias, o que sucedeu depois de os militares terem tido conhecimento informal das agressões. Foram encetadas diligências e “localizada a progenitora do menor”, que formalizou, então, queixa junto daquela força de segurança, como explica o comandante da GNR.
Tratando-se de um crime de ofensas à integridade física, uma vez que o jovem foi “vítima de agressões genéricas” ou, como descreve o alferes João Marçal, “o ato conhecido vulgarmente como bullying”, o comandante adianta ainda que os factos foram remetidos ao Ministério Público, estando o caso entregue à secção de prevenção criminal de Caldas da Rainha, em coordenação com o posto de Pataias. “Vão ser desenvolvidas diligências, uma delas junto da escola”, acrescenta o comandante.
Em declarações ao REGIÃO DE CISTER, a diretora do Agrupamento de Escolas de Cister refere tratar-se de uma situação fora do contexto escolar, logo, fora da alçada da escola.
Manuela Lourenço prefere não comentar qualquer situação em particular, mas sublinha o papel pedagógico da escola em situações de violência na escola. A diretora esclarece que há casos pontuais de violência e casos de bullying, que se prolongam no tempo.
“Sempre que as situações nos são reportadas e acontecem dentro do espaço escolar, abre-se um processo disciplinar e são aplicadas as medidas consideradas adequadas”, esclarece a diretora, que destaca que, nestes casos, “a atuação do Agrupamento não é pública”.
O papel do Agrupamento de Escolas de Cister está ainda patente nas sessões regulares sobre o impacto do bullying, com forças de segurança e psicólogos, que têm por missão encorajar a vítima a participar e, por outro lado, mostrar as consequências para o agressor.
Manuela Lourenço assegura que não existe uma escalada do número de casos de violência no universo do Agrupamento. “Continua a ser residual”, garante a diretora, que afasta qualquer alarmismo.