A Frubaça é uma das grandes referências do concelho de Alcobaça no que diz respeito ao setor da fruta. A empresa, cuja sede está localizada no Acipreste, na freguesia de Évora de Alcobaça, tem na exportação uma das principais incidências da atividade, com cerca de 75% dos produtos transformados a rumarem a mercados internacionais.
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A maçã é, claro está, a base de todos os sumos ali confecionados – ou não estivéssemos em plena região de Cister, mais concretamente no concelho de Alcobaça, que tem na Maçã de Alcobaça uma das marcas identitárias do território -, mas na Frubaça há (muito) mais. Desde logo, os chamados “shots saudáveis”. Falamos de bebidas funcionais e que são cada vez mais apreciadas além-fronteiras. Dentro da percentagem exportada, destaque para países como Suíça, França, Espanha, Inglaterra, isto sem esquecer todo o norte da Europa, cujas regiões são já autênticas consumidoras desta especificidade exclusiva da Frubaça.
Além disso, a empresa, que abriu portas em 1992 e que conta, atualmente, com 250 funcionários, está há cerca de um ano no mercado dos Estados Unidos da América. A porta já se abriu e, olhando à imensidão do referido território, é fácil perspetivar um crescimento ainda maior num futuro próximo…
No total, os produtos da Frubaça já estão em 22 países de todo o mundo. Em Portugal também há, claro, espaço para crescer, mas a verdade é que a abordagem tem tido maior dificuldade. Ainda assim, garante um dos gestores, “estão agora a ser feitos os primeiros ensaios dos shots saudáveis”.
Ainda de acordo com Jorge Periquito, todos os produtos são feitos no “topo do segmento, com matéria-prima de enorme qualidade”, razão pela qual a expansão tem sido cada vez maior. A Frubaça é, de resto, a única empresa na Europa que tem pegada de carbono negativa, o que potencia toda a qualidade do produto.
Mas além da maçã, há uma imensidão de sabores a explorar nos sumos ali produzidos. Com destaque, neste momento, para o de gengibre, “que vem maioritariamente do Perú” e que aumenta o nível qualitativo da oferta.
Os mais de 30 anos de atividade da empresa são também marcados por uma regra de ouro que é inquebrável: a confiança dos clientes. Para isso, e além das relações comerciais, são também fomentadas as relações de proximidade e até amizade.
“Não abdicamos disso. Privilegiamos, de facto, um contacto regular e bastante próximo com todos os nossos clientes. Aliás, posso até dizer que a grande maioria deles visitam regularmente as nossas instalações, estando, por isso, constantemente a par de todo o nosso processo produtivo”, acrescenta Jorge Periquito, que partilha a gestão da Frubaça com outros cinco gestores, casos de Pedro Maia, Guilherme Maia, António Magalhães, Paulo Tiago e João Crisóstomo.
Mas se mais provas eram necessárias para dar conta desta ligação forte entre produtor e cliente, atente-se no episódio seguinte, contado de viva voz por Jorge Periquito e que está em vias de ser… concluído: “Posso confidenciar que temos um cliente estrangeiro que está em vias de adquirir um apartamento em São Martinho do Porto para alojar os técnicos da sua empresa sempre que eles venham cá.”
A dimensão da Frubaça é reconhecida em todo o mundo, fruto das mais de três décadas de atividade, mas, essencialmente, da qualidade dos produtos ali confecionados, sendo que a dinâmica da empresa, que é associada da Federação Nacional das Organizações de Produtores de Frutas Hortícolas, está também refletida nas 20 lojas abertas ao público.
Na chamada região de Cister, e além das instalações-sede existentes no Acipreste, há também a registar uma loja na freguesia da Benedita, bem como outra no concelho da Nazaré.
As razões são mais que muitas para degustar de um belo sumo da Frubaça. Seja de maçã ou gengibre, ou de qualquer outro sabor, a verdade é que, garantem, não há hora para saborear. É (também) a fruta a elevar o concelho de Alcobaça por esse mundo fora…
Tecnologia hiperpressão para um sumo de fruta fresca
Quem é de Alcobaça ou frequente o território não tem como dizer que não conhece o sumo da Copa.
Tal como a própria sigla indica, trata-se de um produto com a marca registada da Cooperativa de Produtores de Fruta e Produtos Hortícolas, que foi criada em 1986, por 23 associados, e cuja Central Fruteira, concebida cerca de seis anos depois, teve como grande objetivo “rececionar, selecionar, embalar, conservar e comercializar os produtos hortofrutícolas produzidos pelos seus associados, maçã de Alcobaça certificada com indicação geográfica protegida (IGP) e pera rocha do Oeste (DOP)”.
Dentro da vasta atividade económica, destaque natural para o sumo. Uma categoria nova em Portugal que tem a particularidade de utilizar a tecnologia de hiperpressão.
“Desta forma, os produtos nunca são sujeitos a calor, são sempre frescos, e, dessa forma, nunca perdem a qualidade em toda a sua essência”, explica Jorge Periquito.
Além de toda a extração que é possível potenciar nos produtos utilizados com o método de hiperpressão, os sumos da Copa fazem com que Alcobaça seja a maior região da Europa no que diz respeito a esta tecnologia. Antes disso, a hiperpressão era apenas utilizada nos Estados Unidos da América e no México.
Mas as novidades não ficam por aqui. Ainda que de forma mais recente, a verdade é que a Frubaça tem já no mercado um outro produto que também promete fazer as delícias dos consumidores: a ‘Kombucha’.
Estamos a falar de um probiótico que é fermentado a partir de chá e que não tem quaisquer químicos, não sofre qualquer tipo de aquecimento nem tão pouco é pasteurizado.
A fruta fresca dos sumos copa reflete-se já no líquido consumido, uma vez que todo o processo produtivo é “racional e controlado, que que permite melhorar a qualidade da produção, proporcionando segurança alimentar e contribuindo para o equilíbrio do meio ambiente”.
Para total cumprimento das regras, “em produção integrada são utilizados, pelos produtores agrícolas, um conjunto de procedimentos tecnicamente definidos e regulados pelo Ministério da Agricultura”. Além disso, “todos os trabalhos realizados nos pomares são controlados por uma entidade certificadora”.
Jorge Periquito sublinha ainda que “na Copa é garantida a sustentabilidade dos recursos naturais, preservando a natureza”.