“Regularmente Irregular” é o título do álbum de estreia de André Murraças, que se encontra disponível nas principais plataformas de música digitais desde o passado mês. O primeiro trabalho discográfico em nome próprio do saxofonista nazareno apresenta um conceito de “Modern Jazz”, reunindo outras influências, como o rock ou o ‘drum and bass’, cujo repertório inclui música escrita em diferentes períodos do seu percurso enquanto compositor.
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“Deste disco fazem parte temas compostos há dois ou três anos, mas também música que foi escrita há quase dez, a pensar em outras formações e talvez com outras influências”, avança o músico, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, referindo que cada tema conta uma “história diferente” e que alguns dos mais antigos sofreram algumas alterações, até se aproximarem do novo conceito.
“Old Stuff Can Be Good”, o terceiro single do disco, foi um dos primeiros que escreveu e é muito diferente daquilo que é hoje. “Esta música é um exemplo de uma ideia que ficou guardada durante anos e que depois de algumas alterações viria a fazer parte deste álbum”, refere o músico.
“A composição é algo que tem de ser trabalhado e praticado e a inspiração é, em boa parte, consequência desse trabalho. Há realmente alturas em que, a partir de uma ideia inicial conseguimos rapidamente chegar a algum lado, noutras alturas, a ideia acaba por ficar guardada junto a tantas outras que podem dar jeito mais tarde”, destaca ainda o nazareno.
“Regularmente Irregular” vai ser apresentado no próximo dia 23 no So What Club, em Lisboa, e no dia 13 de Julho no evento OJL Jazz Sessions, que decorre em Leiria. Para outubro estão também agendados concertos de lançamento do novo disco para dia 19, na Ria Inquieta, em Tavira, e para o dia seguinte, no Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé. Outras datas serão brevemente anunciadas pelo saxofonista.
André Murraças teve o seu primeiro contacto com o saxofone numa banda filarmónica, tendo depois entrado no conservatório e para a Big Band da Nazaré. Anos mais tarde, concluiu a licenciatura em Jazz na Escola Superior de Música de Lisboa, tendo, a meio do caminho, estudado no Conservatorium Van Amsterdam (Holanda). Atualmente é professor de saxofone nas escolas United International School Of Lisbon, Musicentro – Salesianos do Estoril e New Music School e, em simultâneo, colabora com o coletivo Gume e com os projetos Roque e Cabrita. Com os dois primeiros gravou os discos Dobra (2022) e “Brave New World” (2023), respetivamente.