Bia Dinis, aluna do 11.º B do Externato Cooperativo da Benedita (ECB), vai disputar a fase internacional das Olimpíadas da Geologia, que se realiza em Pequim, na China, entre os dias 7 e 17 de agosto. A passagem para a máxima etapa do concurso foi carimbada nos passados dias 1 e 2 de junho, na fase nacional, decorrida em Estremoz.
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“Foi uma sensação mágica quando soube que tinha ganho a prova nacional”, descreve Bia Dinis, confessando ter sido surpreendida. “Não estava à espera de vencer. Disse aos meus pais para esquecerem o apuramento para a fase internacional porque a prova teórica foi muito difícil”, conta.
A etapa, que decorreu no Centro Ciência Viva de Estremoz, foi composta por uma componente teórica de 40 perguntas, que valia dois terços da avaliação. A vertente prática, que englobou uma análise de rochas e minerais e outra de afloramentos rochosos, teve o peso de um terço na avaliação final. Bia Dinis conseguiu vencer as Olimpíadas da Geologia depois de ter 37 de 40 respostas certas na teoria e 28,5 de 40 respostas corretas na prática.
Antes de chegar à fase nacional, a aluna do ECB venceu as fases escolar e regional (realizada em Coimbra). Nestas etapas, foi apenas avaliada a componente teórica, através de 40 questões.
O nível tem vindo a subir de etapa para etapa e, como tal, a preparação também tem sido mais exigente. “Na fase escolar não foi preciso estudar. No concurso regional os conteúdos já foram mais complicados. Na competição nacional foi mesmo preciso estudar bastante porque as questões já eram mais aprofundadas e exigiam raciocínio e não apenas a sabedoria”, explica a jovem, que antevê um nível mais complicado na fase internacional. “Vamos encontrar um grande desafio pela frente, porque as temáticas vão ser muito mais exigentes”, perspetiva.
Bia Dinis revela que vai ter formações complementares ao plano curricular, de modo a estar bem preparada para a final internacional em Pequim. “Sei que vai ser muito mais exigente e que não basta os conhecimentos adquiridos na disciplina durante o ano. O próprio plano asiático é mais complexo e abrange temas que não são lecionados em Portugal”, explica a estudante.
A prova internacional será composta por avaliações teórica, prática e por grupos, constituídos aleatoriamente. O entusiasmo para marcar presença em Pequim é notório, quer pela possibilidade de vencer as Olimpíadas da Geologia a uma escala mundial, como também “pela possibilidade de conhecer outras pessoas, de diferentes culturas e desenvolver competências linguísticas”. Além disso, Bia Dinis avança que também terá a oportunidade de visitar bastantes pontos de atração turística na cidade.
A jovem está focada em seguir medicina, mas não descarta a hipótese de seguir algo relacionado com Geologia.