A empreitada do lar residencial do Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (Ceeria) já está concluída. A Direção da IPSS espera ter a infraestrutura em funcionamento até ao final do ano, aguardando pela licença de utilização dependente do cumprimento de todas as ligações da E-Redes, para o abastecimento de energia.
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plicação do pavimento envolvente, a abertura de roços e a compra do “recheio” do lar, ficou orçada num valor a rondar os 2 milhões de euros, sendo financiada em 60% pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (Feder) e pelo “Pares 3.0 – programa de alargamento da rede de equipamentos sociais – 3.ª geração” e em 16% pela Câmara de Alcobaça. O valor restante, correspondente a uma fatia de 24%, foi pago com recurso ao capital próprio do Ceeria.
No capítulo relativo à verba avançada pela instituição, o presidente da Direção do Ceeria salientou, ao REGIÃO DE CISTER, as metodologias postas em prática. “Promovemos um plano de gestão estratégica de recursos humanos em que colmatámos a saída de 18 funcionários por vontade própria com a entrada de colaboradores com deficiência em situação de desemprego prolongado, ao abrigo do Emprego Apoiado em Mercado Aberto”, começa por explicar José Godinho, detalhando que “esta nova filosofia permitiu reduzir a despesa anual com recursos humanos em cerca de 150 mil euros, devido ao apoio do programa no pagamento de quase metade destes salários”.
Segundo o dirigente, o término da operação do Centro de Reabilitação Profissional em Pombal e em Leiria “permitiu reduzir 20 mil euros à despesa anual”, ao passo que o fim da formação profissional, “por falta de formandos”, contribuiu para “a poupança de 64 mil euros”, valor que “representava um prejuízo”.
Além disso, o Ceeria tem criado projetos de inclusão, que permitem, simultâneamente, empregar pessoas com deficiência e gerar dinheiro para a IPSS. O Ceeria Lava, o projeto do café ou a loja do do Jorge são alguns dos exemplos colocados em prática. “O nosso foco está em capacitar e empoderar indivíduos com deficiência, inserindo-os em contextos de trabalho em empresas e na comunidade”, sublinha José Godinho.
A empreitada do lar residencial já está paga, contudo o presidente da Direção do Ceeria reclama o pagamento de uma fatia de 36% do valor relativo a 560 mil euros, proveniente do programa Pares 3.0. Ao Ceeria, a Segurança Social alega “duplo financiamento”, mas o dirigente garante que “o apoio do Feder destinou-se ao Centro de Atividades e Capacitação para a Inclusão (Caci)”, enquanto a verba atribuída pelo Pares 3.0 “foi aplicada no lar”.
A situação 0brigou o Ceeria a ter de recorrer à banca para liquidar o respetivo valor. “Quando o montante em falta for reembolsado, o Ceeria praticamente deixa de ter dívidas com a banca”, afirma José Godinho.
O lar residencial terá capacidade para 20 utentes, sendo que 16 deles serão transferidos dos lares do Lameirão, lugar onde “terá de nascer outro projeto”. O Caci vai dar resposta a 90 clientes. Em lista de espera para o lar encontram-se ainda cerca de 60 pessoas