Depois de a vereadora social-democrata Fátima Duarte ter alertado para a degradação do antigo edifício da Colónia Balnear da Nazaré, a bancada socialista na Assembleia Municipal defendeu, na última reunião daquele órgão, que decorreu no final de junho, medidas urgentes no espaço.
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A proposta, que foi aprovada por unanimidade, inclui o convite para a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), responsável pela Colónia, estar presente na próxima sessão da Assembleia Municipal da Nazaré para apresentar os planos para o local.
“Dada a degradação evidente do edifício e estando em causa a saúde pública, torna-se imperiosa a realização de intervenções urgentes”, sublinhou o deputado Pedro Marques (PS), sustentando que a “localização e dimensão privilegiadas oferecem diversas possibilidades que podem e devem beneficiar a comunidade”. O socialista apresentou várias opções para o espaço, como a criação de um estacionamento público, a transformação do imóvel em habitação jovem e acessível com espaços comuns para diferentes atividades ou a conversão do espaço para exploração turística.
“É uma oportunidade única para transformar o espaço em degradação num recurso valioso para a região”, reforçou Pedro Marques.
O problema de degradação da Colónia Balnear da Nazaré começou há 15 anos, quando o edifício deixou de oferecer condições de utilização. A história do edifício remonta a 1941, quando foi inaugurado como preventório para o combate da tuberculose. Ao longo do tempo teve várias utilizações e foi fundamental no apoio social a crianças, jovens e adultos com menores recursos económicos.
Serviu de alojamento aos retornados das ex-colónias, entre 1974 e 1980, período após o qual o edifício foi remodelado e ficou preparado para receber cidadãos do distrito de Santarém com menores recursos financeiros. Todavia, funcionou pela última vez em 2008 por não cumprir regras de higiene e segurança.
Desde então, os municípios que integram a CIMLT não se têm entendido quanto ao investimento necessário para requalificar o edifício, um esforço financeiro na ordem dos 9 milhões de euros. A Colónia era, aliás, da Associação de Municípios do Vale do Tejo, mas acabou por ser entregue aos municípios da Lezíria: Almeirim, Alpiarça, Azambuja, Benavente, Cartaxo, Chamusca, Coruche, Golegã, Rio Maior, Salvaterra de Magos e Santarém.
Há um ano, a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo assumiu que ia encontrar fontes de financiamento para as obras de recuperação. Apesar das tentativas, não foi possível ouvir os responsáveis da CIMLT sobre o ponto de situação da Colónia Balnear da Nazaré.