Este ano o Festival de Ópera de Óbidos, que decorrerá entre os dias 6 e 15 de setembro, será repartido por três locais diferentes: o Convento de São Miguel, em Gaeiras, a Praça da Criatividade, em Óbidos, e o Olho Marinho, nos Olhos d’Água. Com a organização da ABA – Banda de Alcobaça Associação de Artes e o apoio da Câmara de Óbidos, o festival, que ressurgiu no ano passado, promete voltar a trazer o que de melhor há na ópera com espetáculos inovadores e bastante variados.
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O grande destaque da programação vai ter lugar no Convento de São Francisco das Gaeiras, nos dias 13 (às 21 horas) e 15 (às 17 horas), com a peça “A Filha do Regimento”, que conta a história de uma bebé abandonada num campo de batalha, que é, depois, criada pelos soldados. “Esta é uma obra que mistura comédia, com drama e ainda romance, é muito completa”, revela o encenador Jorge Balça, na conferência de imprensa, que decorreu na passada segunda-feira, precisamente no local onde vai decorrer o espetáculo.
A personagem principal, Marie, vai ser interpretada por Beatriz Maia. “A peça vai de momentos mais cómicos para momentos mais tensos muito rapidamente e isso traz um fator dificultador para quem a está a representar. Vai ser, sem dúvida, um grande desafio“, reconhece a soprano.
A programação inclui também a peça “O Último Canto”, que será apresentado no Convento de São Miguel, no dia 7, às 21 horas, em homenagem aos 500 anos do nascimento de Luís de Camões. Esta peça, encomendada ao compositor César Viana, vai contar com grandes artistas portugueses.
Na Praça da Criatividade, nos dias 6 (às 21 horas) e 8 (17 horas) vai estar em cena “María de Buenos Aires”, uma história que retrata a vida, a morte a ressurreição e a maternidade de María.
O Festival de Ópera de Óbidos contará ainda com uma Gala de Ópera, agendada para dia 14, às 21 horas, no Olho Marinho.
No ano passado, contabilizaram-se 2.500 expectadores ao longo dos vários espetáculos do festival, que decorreram na Quinta das Janelas, em Gaeiras. Este ano espera-se que o valor seja ligeiramente mais baixo devido à alteração dos espaços.
O presidente da ABA descreve o festival com três palavras: estabilidade, versatilidade e qualidade. “Sendo um projeto a quatro anos, ou seja até 2026, temos a oportunidade de melhorar todos os anos”, revela Rui Morais. A opinião é corroborada por José Rafael Rodrigues, coordenador executivo do festival, que reconhece estar a “fazer de tudo para melhorar e ser um evento diferente cheio de surpresas”.
O presidente da Câmara de Óbidos ambiciona o reconhecimento internacional para o festival. “Ao estarmos a levar o evento à comunidade, estamos a envolver um público que, de outra forma, não assistiria a este tipo de espetáculo”, referiu Filipe Daniel.
Os bilhetes já se encontram à venda na Blueticket e nas lojas aderentes. Os preços variam entre os 12 e os 35 euros.