O executivo municipal da Nazaré deu luz verde, no passado dia 20, ao projeto de requalificação da Lagoa do Saloio (ou Lagoa do Valado), um investimento superior a 380 mil euros.
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Para o espaço estão projetados passadiços em madeira, miradouro e torre de observação, áreas de piquenique, com mesas, bancos, grelhadores e uma casa de banho auto lavável. Haverá ainda um estacionamento sustentável, com 40 lugares e parqueamento para bicicletas. Haverá escorrega, baloiços e uma pirâmide para trepar e o local será equipado com gestão de resíduos com contentores para recolha seletiva.
O projeto, da autarquia e do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que estabeleceram protocolo em 2019, tem como objetivo transformar a lagoa num espaço único de lazer, recreio e educação ambiental, como descreveu o vereador Salvador Formiga, com a pasta do Ambiente, que destacou “o compromisso significativo em prol do desenvolvimento sustentável. projeto seguro, inclusivo, de elevado valor ambiental”.
O projeto aprovado por maioria na reunião de Câmara tem os pareceres positivos da Agência Portuguesa do Ambiente, do ICNF e o parecer condicionado da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo. Entre vários aspetos, a comissão atesta que deverá ser esclarecida qual a origem e o destino final das águas dos sanitários e informa que considera como “estritamente não edificante, a zona que compreende o leito e os 5 metros imediatamente adjacentes à crista superior do talude da linha de água”.
Apostado em ultrapassar obstáculos, Salvador Formiga destacou que “a Lagoa do Valado é um local cheio de significado para a Nazaré, especialmente para os habitantes de Valado dos Frades. Este projeto preserva a história e as memórias de quem cresceu junto a este espaço tão especial”. “Poderá contribuir significativamente para o desenvolvimento turístico”, considerou o vereador social democrata, Paulo Reis. “Projetos nas telas, muito já assistimos”, disse o vereador João Delgado, da CDU, que deixou críticas ao afirmar que “só se aperceberam disso 11 anos depois”.
A envolvente da lagoa, com cerca de 1,7 hectares, pertence ao domínio público lacustre e fluvial, em Mata Nacional, integrando o património privado do Estado Português, sob gestão do ICNF, e está submetida ao regime florestal total. A área envolvente da lagoa é essencialmente constituída por uma zona de areal natural e ocupada por pinheiro-bravo.