No início deste milénio, o beneditense Paulo Luís foi um dos goleadores nas quadras da região e do País, sobretudo com as cores do Externato da Benedita.
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Hoje, é o filho Xavier, de 15 anos, a manter o legado vivo, sendo um dos melhores marcadores da equipa de iniciados do CRP Ribafria no campeonato nacional do escalão.
Um dia depois de se ter assinalado o Dia do Pai, o REGIÃO DE CISTER juntou pai e filho para uma reportagem a propósito da data simbólica.
Mais tímido, e (ainda) pouco habituado a entrevistas à comunicação social, Xavier Luís não tinha dúvidas de que o “pai é o maior exemplo”.
O jovem, que se encontra a recuperar de uma lesão depois de uma época em que já foi chamado aos trabalhos da Seleção Nacional de sub-15, nem sabe se o futuro passará pelo futsal marketing digital também é uma opção a ter em conta, contudo, caso isso aconteça, considera que um dos maiores sonhos é “poder um dia vir a ser treinado pelo pai”.
“Ainda não sei se o meu sonho é mesmo ser jogador de futsal. Mas, se vier a revelar-se assim, claro que gostaria que fosse num clube grande como, por exemplo, o Sporting, que é o meu clube do coração e pelo qual o meu pai já alcançou tanto sucesso. Gostava de poder seguir os passos dele”, assegurava o talentoso, que conta já 25 golos em 2024/2025, apontados entre a equipa de iniciados e de juvenis do emblema tefe.
E em casa, falam muito de futsal? “Falamos sim, depois dos meus jogos e depois dos jogos dele. Pergunto-lhe a opinião, tal como ele, por vezes, me pergunta a mim. Costumamos falar de futsal todos os dias”, revelou o estudante do Externato Cooperativo da Benedita, considerando “estar em vantagem relativamente aos colegas” por “ter a oportunidade de aprender todos os dias e conviver com uma pessoa que já conquistou tudo o que um treinador pode conquistar”.
A pressão, contudo, é de imediato afastada pelo pai. “Se for esse o caminho, se for essa a história que ele quer escrever para a vida dele, vou ser o primeiro a apoiá-lo. Agora foi como ele disse, julgo que ainda está numa fase em que não sabe exatamente se é esse o futuro que quer e tem consciência porque falamos muitas vezes sobre isso”, notou Paulo Luís, revelando que o discurso dentro de casa é para que o Xavier possa vir a ser aquilo que “quiser”.
Sem pressões do adjunto de uma das melhores equipas do mundo da modalidade e de quem faz do desporto uma verdadeira forma de estar na vida. Desde muito cedo.
É que antes de se ter afirmado no panorama mundial enquanto treinador, Paulo Luís, também conhecido por Cascavel (alusão ao antigo avançado brasileiro do Sporting, Paulinho Cascavel), fez muitos golos.
Foram algumas dezenas os que apontou entre as equipas do Beneditense, Externato da Benedita e o Colégio Dr. Luís Pereira da Costa.
Que semelhanças têm o promissor fusalista e o já reputado treinador e antigo jogador? “A forma de estar em campo, nenhum de nós é muito agressivo (no bom sentido do termo) em jogo.
Apesar de no meu tempo sermos mais aguerridos do que são as novas gerações”, analisava o professor de Educação Física.
E o que os distingue? “Temos muitos detalhes semelhantes (a leitura de jogo, um bom passe, qualidade técnica), mas no geral ele é melhor jogador do que eu era com a idade dele”, sublinhava o progenitor, destacando que tal se deve ao ”excelente trabalho” de formação que é desenvolvido pelo CRP Ribafria.
As comparações ficaram para o progenitor, mas o futuro dentro das quadras está agora nas mãos (e nos pés) do jovem Xavier, ele que, quando regressar da lesão, ainda pretende chegar às três dezenas de golos na presente temporada ao serviço dos iniciados.
Além disso, asseverou também, tem o sonho de cumprir a primeira internacionalização jovem. Em ambos os casos, os objetivos do craque Xavier Luís estão prestes a tornarem-se realidade.
Até porque como se preconiza: filho de peixe sabe nadar. Assim é, no caso.