A Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULSRL) e o Centro Distrital da Segurança Social de Leiria criaram o projeto “Hospital no Domicílio Sénior”, que abrangerá os três concelhos da chamada região de Cister, que foi apresentado no Centro de Investigação e Recursos Minerais em Porto de Mós e no auditório da Biblioteca de Alcobaça.
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Partindo da constatação da elevada afluência da população sénior das respostas sociais ao serviço de urgência do Hospital de Santo André, em Leiria, a iniciativa tem como principal objetivo facilitar o acesso aos cuidados de saúde no hospital a utentes seniores que se encontrem institucionalizados, aliviando, simultaneamente, o serviço de urgências. Deste modo, a resposta aos utentes das instituições do distrito também poderá ser mais ajustada e individualizada.
“Criámos um espaço que é contíguo à unidade de internamento. É um quarto, tem uma cama e uma maca e temos depois um hall de entrada”, explicou o presidente do Conselho de Administração da ULSRL, em Porto de Mós. “O utente depois de ser referenciado já não vai para a urgência geral, tem o primeiro contacto com a equipa médica ou de enfermagem e é encaminhado para ali. Depois desta referenciação, se for necessário ir para o hospital vai para esta unidade, evitando toda a confusão e, naturalmente, não vai ter de esperar tantas horas”, elucidou Manuel José Carvalho.
O projeto piloto vai ser implementado já a partir do próximo domingo. Mas, numa primeira fase, que servirá para testar e afinar processos, albergará apenas uma instituição de cada concelho, nove no total (500 utentes) e três na chamada região de Cister: em Alcobaça, a Santa Casa da Misericórdia de Alcobaça; na Nazaré, a Confraria da Nossa Senhora da Nazaré e, em Porto de Mós, a Associação de Bem-Estar na Cruz da Légua. As instituições foram escolhidas por já estarem mais familiarizadas com o projeto, no entanto, o objetivo passa por abranger todas as estruturas após a fase experimental. O término da primeira fase está previsto acontecer a 31 de agosto, iniciando-se logo a 1 de setembro a segunda fase que atua em mais sete instituições (em que se incluem, na região, o Ceeria e a Cercina) e abrange mais 300 utentes. Na terceira fase, que está prevista decorrer entre 1 de dezembro de 2025 e 28 de fevereiro de 2026, as organizações pretendem o alargamento da resposta, algo que pode ser feito mais cedo, mediante a forma como todo o processo decorra.
O presidente do Conselho de Administração da ULSRL explicou também que este projeto visa a criação de uma “via verde na comunicação, que consiste na “desburocratização, agilização e facilidade de contacto entre todas as partes”. Espera-se que com a implementação do “Hospital no Domicílio Sénior”, os utentes das instituições possam “aceder à urgência de forma mais eficiente, evitando deslocações desnecessárias, diminuindo o ratio de presença na urgência e beneficiando de cuidados mais próximos”.