Por existir, na arriba do Sítio, uma massa rochosa “com fortes sintomas de instabilidade e indícios de rotura iminente”, foram efetuadas duas derrocadas controladas, a última das quais na passada terça-feira, para minimizar o perigo para pessoas e bens no areal da Praia da Nazaré.
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A operação foi levada a cabo pela Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR, através do Núcleo de Busca e Resgate em Estruturas Colapsadas, em colaboração com a Agência Portuguesa do Ambiente.
Primeiro foi efetuada uma intervenção corretiva na arriba, no suberco, no passado dia 11, de uma massa rochosa com fortes sintomas de instabilidade e indícios de rotura iminente. “A intervenção visou a mitigação do perigo para imensas pessoas que frequentam a praia da Nazaré”, explica aquela unidade da GNR.
No passado dia 15 de junho, já após a primeira derrocada controlada, o Serviço Municipal de Proteção Civil anunciou a operação para a manhã da passada terça-feira, solicitando à população para evitar a área e para respeitar a sinalização no local por motivos de segurança. Questionado pelo REGIÃO DE CISTER no dia da primeira derrocada, o vereador da Proteção Civil, Orlando Rodrigues, confirmou tratar-se de uma derrocada, que “foi planeada e executada pela APA”.
A área a intervir apresenta, atualmente, vários sinais de instabilidade devido à sua exposição à erosão, o que tem causado a queda de blocos, desmoronamento e derrocadas pela encosta.
Desde 2007, existe uma área delimitada na praia, interditada a banhistas, e avisos de perigo de queda de pedras.
Recorde-se que, em maio de 2023, derrocadas naturais causaram a queda de pedras de grandes dimensões, que atingiram o areal da praia. Apesar do alarme, nenhuma das quedas causou vítimas. No mesmo dia foram reportadas três ocorrências.
Antes, em janeiro, a APA tinha apresentado o projeto para a estabilização das arribas, um investimento de cerca de 1,7 milhões de euros, para realizar em oito meses. Previa uma intervenção numa extensão desde o miradouro em frente ao largo de Nossa Senhora da Nazaré até à envolvente da plataforma superior do ascensor.
A operação visa a estabilização das arribas na zona do Sítio e envolvente da plataforma superior do ascensor, funcionando como ação preventiva, ao atuar diretamente sobre os locais onde os diversos tipos de instabilizações são mais evidentes, garantindo a segurança de pessoas e bens, explicou, na ocasião, Pimenta Machado, vice-presidente da APA.