Paula Trindade assumiu, no passado dia 2 de julho, a Direção do Agrupamento de Escolas (AE) da Nazaré com a promessa de deixar uma marca assente na valorização da escola pública e na defesa de melhores condições para a comunidade educativa. A docente sucede a João Magueta, que liderou o agrupamento durante 13 anos.
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A nova diretora sublinhou, no discurso da tomada de posse, que o futuro passa por garantir estabilidade, promover uma cultura de ambição coletiva e exigir um investimento urgente nas infraestruturas escolares. “Procurarei a estabilidade, a valorização e o respeito pela escola, pela educação no concelho”, afirmou a docente, reforçando que “é preciso uma forte aposta, séria e célere, no investimento público dos edifícios escolares”.
Com mais de 23 anos de docência no Agrupamento de Escolas da Nazaré, Paula Trindade destacou o envolvimento com a escola e a comunidade. “A decisão de me candidatar surgiu como o desenrolar natural de um processo por parte de quem vive intensamente a escola. O sentido de pertença à escola, à comunidade e à cultura local é algo intrínseco às minhas ações”, afirmou a professora de Português.
A nova líder do AE da Nazaré comprometeu-se com um trabalho de proximidade, exigência e dedicação, apelando à união de todos os intervenientes no processo educativo. “A todos peço ambição e que sonhemos com mais e melhor. Contamos com o apoio de todos, pois só assim poderemos estar à altura das respostas esperadas.”
A cerimónia ficou também marcada pela despedida de João Magueta, que se mostrou emocionado ao fazer o balanço dos 13 anos enquanto diretor e ao ser surpreendido pela comunidade escolar com uma singela homenagem. Apesar de reconhecer que nem todos os objetivos foram cumpridos, destacou o sentido de missão e a transparência com que desempenhou o cargo. “A grande falha que sinto é que a escola está com falta de instalações, mas isso é uma coisa que nos ultrapassa. As circunstâncias não estiveram sempre do nosso lado”, reconheceu.
Ainda assim, mostrou-se confiante no caminho trilhado e no futuro da instituição. “Como equipa, como agrupamento, estamos no caminho certo. Há sempre espaço para melhorar, e quem vem a seguir, e é gente de bem e com capacidade, vai continuar esse trabalho”, notou. “Saio da direção com o sentido de dever cumprido e sem receios. Fui sempre leal e justo. Não fui perfeito, mas nunca prejudiquei ninguém de propósito. E soube, quando errei, pedir desculpas”, acrescentou.
Paula Trindade será acompanhada nos próximos quatro anos por Luís Rolim (subdiretor), e pelas adjuntas Ana Teresa Pereira, Cristina Duarte e Maria Carlos Trindade.