Está a chegar ao Centro Cultural Gonçalves Sapinho, na Benedita, mais uma edição do festival “Ao Teatro! – José Carlos Saramago”, que arranca já este sábado.
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“Voltamos a apostar numa programação de qualidade que tem, uma vez mais, o intuito de descentralizar o teatro dos grandes centros urbanos”, sublinha, em declarações ao REGIÃO DE CISTER, Sofia Serrazina, membro dos Gambuzinos com 1 Pé de Fora, grupo que volta a estar responsável pela organização.
O cartaz abre com a apresentação de “Fígados de Tigre”, adaptação teatral da obra-prima de Gomes de Amorim e mais recente produção da companhia beneditense. Com encenação a cargo de José C. Garcia, a peça convida o espetador a refletir sobre a riqueza e a complexidade da relação entre o presente e o passado, entre o mito e a realidade, combinando teatro, música, arte visual e tecnologia, e reunindo em palco uma equipa multidisciplinar composta por atores, músicos e ilustradores.
O festival prossegue no dia 25 com Aquella Companhia, da Lousada, que se estreia no evento com o espetáculo “A Alma do Senhor Hitchcock”, que gira em torno do mistério da relação entre Alfred Hitchcock e a mulher, Alma Reville. Encenada por Luis Blat e com interpretação de Ángel Fragua e Catarina Caetano, a peça explora temas como a violência contra a mulher, a hipocrisia social e a manipulação, através de personagens multifacetados, mesclando humor, poesia e inquietude, revela a sinopse.
Segue-se a música, no dia 8 do próximo mês, com o beneditense Daniel Machado, que atua em quinteto para dar a conhecer os temas do novo disco, cujo lançamento nas plataformas digitais está previsto para breve. Redes sociais, memórias, amores, desamores e liberdade são as temáticas centrais do projeto discográfico, que assinala o início da carreira do músico em nome próprio.
A edição deste ano do festival “Ao Teatro! – José Carlos Saramago” encerra a 22 de novembro com “Loba”, a nova produção da Peripécia Teatro, de Vila Real, que está de regresso à Benedita para chamar a atenção para esta espécie protegida e para a sua capacidade de resiliência, de forma a quebrarem-se os mitos que envolvem os lobos. “Loba” é inspirada em textos do espanhol Félix Rodríguez de la Fuente, com testemunhos reais e uma canção recolhida por Federico García Lorca.