Cerca de uma centena de pessoas participaram, este sábado, no lançamento do livro “Eles não esperam por cães que mancam”, da autoria do alcobacense Amílcar Coelho.
Cerca de uma centena de pessoas participaram, este sábado, no lançamento do livro “Eles não esperam por cães que mancam”, da autoria do alcobacense Amílcar Coelho. A sessão decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.
A obra resulta de 14 histórias e aborda o quotidiano da escola primária dos anos 1960 e o acesso das crianças ao mundo do trabalho em fábricas de barro branco e vermelho que dominavam, então, o desenvolvimento industrial da região.
O autor pretendeu mostrar “através da ficção, como é que a trama desse ‘espaço’ urdia e era urdido por essa extraordinária maquinação da escola e da fábrica”.
A apresentação do livro esteve a cargo do historiador Rui Rasquilho, da professora Paula Malojo e da vereadora Inês Silva. Precedendo a apresentação do autor, quatro alunas da Usalcoa, que já tinham lido a obra, apresentaram os seus testemunhos sobre a época analisada, essencialmente abordando a temática do trabalho infantil.
Amílcar Coelho tem 61 anos, nasceu na Cumeira de Baixo, em Aljubarrota, e cedo começou a atividade profissional numa fábrica de cerâmica da região. Enquanto trabalhava como pintor de louça, estudou à noite no Curso Geral de Administração e Comércio e Curso Complementar dos Liceus em Alcobaça. Mais tarde, licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Coimbra, atingindo o grau de mestre e doutor. Foi autarca e é presidente da UGT-Leiria.