Um dos fornos de cal existentes em Pataias-Gare foi destruído para dar lugar a um pavilhão industrial. A destruição do forno, cuja construção remonta à decada de 60, tem levantado alguma polémica.
Um dos fornos de cal existentes em Pataias-Gare foi destruído para dar lugar a um pavilhão industrial. A destruição do forno, cuja construção remonta à decada de 60, tem levantado alguma polémica.
No entanto, João Metódio, construtor do pavilhão, assegura que “nunca” foi contactado por “nenhum representante das autarquias”, deixando ainda um conselho às autarquias: “Acho que seria importante preservarem os fornos que ainda se encontram de pé”. A celeuma começou na rede social Facebook com uma postagem do historiador Tiago Inácio. “Quem passar hoje por Pataias-Gare é possível que fique surpreendido, revoltado ou desiludido com a demolição de um dos únicos dois fornos ainda em bom estado de conservação”, escreveu (ver página 15, nas cartas ao diretor esta semana).
De acordo com pesquisa levada a cabo por Tiago Inácio, a última fornada realizou-se no início de 1991. Na viragem do século, foram feitas tentativas de negociação com o município para a aquisição do património industrial, acabando por não haver resposta por parte da Câmara.
Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, Paulo Inácio assegura não ter conhecimento de qualquer tentativa de negociação, tendo em conta que ainda não tinha assumido a presidência da autarquia. No entanto, o presidente da Câmara garante que, relativamente aos fornos de particulares, poderá avançar-se com a classificação como patromónio de interesse municipal. Assim, “mesmo que se verifique a alienação, o património deverá ser mantido”. Paulo Inácio garante ainda que tem sensibilizado a Secil para a preservação dos fornos da empresa.