Sexta-feira, Maio 3, 2024
Sexta-feira, Maio 3, 2024

Quando o folclore ultrapassa (muitas) barreiras

Data:

Partilhar artigo:

Há músicos profissionais que não sabem ler pautas, mas haver um surdo mudo que dança folclore é ainda mais invulgar. Foi o gosto pela cultura e tradição da Nazaré que levou João Valdemar a integrar o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré.

Há músicos profissionais que não sabem ler pautas, mas haver um surdo mudo que dança folclore é ainda mais invulgar. Foi o gosto pela cultura e tradição da Nazaré que levou João Valdemar a integrar o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré. E, mesmo sem ouvir as músicas, consegue acompanhar o grupo em todos os viras. 

O que ao início poderia parecer uma barreira, depressa se desvaneceu. Com a ajuda (“e paciência”) de Maria de Lurdes Barqueiro, diretora técnica do grupo, João Valdemar conseguiu decorar todo o cancioneiro do grupo em “cerca de um ano”. “Como não ouve, tem de decorar os passos”, confessa a irmã Joana Murraças, que o ajuda na comunicação com o grupo.

Região de Cister - Assine Já!

Foi através de um conjunto de “sinais, truques ou até palavras escritas em papéis” que este nazareno aprendeu todos os passos. E contou com a compreensão dos restantes elementos do grupo que, de acordo com Joana Murraças, sempre fizeram “tudo para que se sentisse integrado”.

Além da dança e etnografia, João Valdemar também tem queda para o desenho e a pintura, desenvolvendo várias pinturas em azulejo no Ceeria, em Alcobaça.

O artista mostrou, com orgulho, ao REGIÃO DE CISTER os desenhos que fez a carvão relacionados com temas da Nazaré antiga, como a chegada dos barcos ao areal depois da pesca, retratos de gentes da terra e até o imponente promontório.

João Valdemar começou por fazer parte do Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré e transportava vários objetos da vida de pescador e foi Maria de Lurdes Barqueiro que viu nele “potencial” para dançar. Dito e feito. O nazareno encontra-se com os colegas a ensaiar para um musical a apresentar no Cine-teatro da Nazaré, em meados do próximo mês.

E a julgar pelos ensaios, o REGIÃO DE CISTER pode afirmar que este elemento está perfeitamente apto para representar o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré, mostrando que a vontade se sobrepõe a todas as barreiras. Basta ousar.

 

AD Footer

Artigos Relacionados

Câmara de Alcobaça quer reclassificar monumento na Cela Velha

A Câmara de Alcobaça pretende reclassificar como monumento nacional a escultura edificada por José Aurélio, na Cela Velha,...

Venda de lotes na ALEB deverá começar a partir de setembro

A obra de construção da Área de Localização Empresarial da Benedita (ALEB) deverá ficar concluída ainda durante este...

Museu das Máquinas Falantes inaugurado em Alcobaça

Foi com pompa e circunstância que o Museu das Máquinas Falantes, em Alcobaça, foi inaugurado, na passada quinta-feira....

Parque infantil em forma de barco instalado na praia de São Martinho do Porto

As crianças que façam praia na baía de São Martinho do Porto têm, desde o passado dia 19...

Aceda ao conteúdo premium do Região de Cister!