Passados “500 Anos da Outorga dos Forais do Concelho de Alcobaça por D. Manuel I”, a Câmara de Alcobaça, com coordenação científica do professor Saúl António Gomes, editou um livro de 836 páginas, que retrata “o processo mais longo e abundante da história da concessão de forais do País”.
Passados “500 Anos da Outorga dos Forais do Concelho de Alcobaça por D. Manuel I”, a Câmara de Alcobaça, com coordenação científica do professor Saúl António Gomes, editou um livro de 836 páginas, que retrata “o processo mais longo e abundante da história da concessão de forais do País”. Palavras do historiador durante a apresentação do livro, que decorreu este sábado, no Mosteiro de Coz, no âmbito das Jornadas Europeias do Patromónio, e encerrando as comemorações da efeméride no concelho.
“Alcobaça protagoniza o mais longo processo dos forais na história do munipalismo português“, frisou Saúl António Gomes, considerando “ser compensador dar um importantíssimo capítulo que faltava à história do concelho”. Recordando que a Abadia de Alcobaça foi, naquele período “o maior senhor feudal de Portugal”, o professor contou que “nos terrenos vizinhos dos coutos de Alcobaça pagava-se um oitavo de imposto, enquanto a Abadia cobrava um quarto e, no entanto, devido à fertilidade dos solos, as pessoas preferiam mudar-se para esta região”. Para o historiador, que considera os pelourinhos do concelho “os mais bonitos do País”, o livro “é documental, mas conta muitas novidades etnográficas que os alcobacenses vão gostar de saber”.
Para a vereadora da Cultura da Câmara de Alcobaça, Inês Silva, “os ganhos desta obra e destas comemorações não se podem contabilizar“. Já o presidente da Câmara notou que, com a publicação desta obra, a autarquia “cumpre o seu desígnio de contribuir para tornar perene um período essencial da história de Portugal, pois só compreendendo a nossa história poderemos evoluir como povo e como Nação“.
O livro, que tem uma tiragem limitada de 300 exemplares e que está à venda na Biblioteca Municipal por 60 euros, faz um levantamento de todos os forais concedidos (Alfeizerão, Aljubarrota, Alpedriz, Cela, Coz, Évora de Alcobaça, Maiorga, Paredes da Vitória, São Martinho do Porto e Turquel), e descreve a caracterização desses mesmos territórios, com a colaboração de técnicos do município.