Os concelhos de Alcobaça e da Nazaré são quase passagem obrigatória para peregrinos vindos de várias zonas do País chegarem a Fátima. Contudo, a chamada região de Cister pode vir a ganhar novo relevo no panorama das peregrinações com a criação da Rotas com História, uma associação que tem o objetivo de marcar, literalmente, o chamado “Caminho Velho” dos Caminhos de Santiago, que ligará Sintra, passando pelos concelhos de Alcobaça e da Nazaré, até Coimbra, onde se encontra o trilho que leva os peregrinos diretamente até Santiago de Compostela.
Os concelhos de Alcobaça e da Nazaré são quase passagem obrigatória para peregrinos vindos de várias zonas do País chegarem a Fátima. Contudo, a chamada região de Cister pode vir a ganhar novo relevo no panorama das peregrinações com a criação da Rotas com História, uma associação que tem o objetivo de marcar, literalmente, o chamado “Caminho Velho” dos Caminhos de Santiago, que ligará Sintra, passando pelos concelhos de Alcobaça e da Nazaré, até Coimbra, onde se encontra o trilho que leva os peregrinos diretamente até Santiago de Compostela.
O caminho que a associação se propõe a marcar, o chamado “Caminho Velho”, é percorrido há vários séculos, explicam Nélson Plácido e Luís Alves, membros da comissão instaladora da associação, formada no passado dia 10 de abril.
Após várias pesquisas históricas, os dois alcobacenses, que são, também eles, “experientes” caminheiros, chegaram à conclusão que o trilho passa pelo “coração” do concelho de Alcobaça. “O caminho viria do concelho de Caldas da Rainha, passaria por Famalicão e Valado dos Frades e, depois de Alcobaça, passaria por Évora de Alcobaça, onde há “registos históricos” de que na Igreja da Misericórdia funcionou um hospital que apoiava os peregrinos.
O caminho ainda não está definitivamente marcado, mas a comissão instaladora da associação defende que a marcação dos Caminhos de Santiago pode vir, também, a dinamizar o setor do turismo na região. O caminho “pode vir a passar em frente ao Mosteiro” e “noutros sítios de interesse cultural ou paisagístico da região, o que acaba por “divulgar a região”, que é um dos objetivos da associação recentemente criada.
As peregrinações a Santiago de Compostela e a Fátima têm “filosofias diferentes” mas podem ser complementares, argumenta Luís Alves. “Já há um caminho que liga a Nazaré a Fátima, o Caminho de Santiago também pode aproveitar essa ligação”, sublinha o caminheiro que já rumou a Santiago de Compostela várias vezes a pé e até de bicicleta.
A associação tem o apoio institucional de algumas entidades e pretende avançar com o delineamento do caminho nos próximos tempos.