A nova Igreja da Martingança abriu portas à comunidade num dia “comovente” que vai ficar para a história da localidade.
A nova Igreja da Martingança abriu portas à comunidade num dia “comovente” que vai ficar para a história da localidade.
“Este dia é uma bênção”: foi com estas palavras a serem entoadas que as primeiras pessoas entraram, pela primeira vez, no novo local de culto da comunidade martingancense. António Marto, bispo da Diocése Leiria-Fátima, presidiu à cerimónia de inauguração da Igreja da Martingança.
Em grande parte, a construção da Igreja da Martingança deve-se ao “esforço contínuo” de uma comissão que fez das tripas coração e, ao longo de quase uma década, organizou dezenas de eventos e angariou donativos de populares, empresas e instituições. Elsa Sousa, membro da comissão, explica ao REGIÃO DE CISTER que a “fé nunca esmoreceu”, mesmo que a espera tenha desmotivado algumas pessoas. “Tivemos pessoas idosas que nos disseram que receavam não ver a igreja inaugurada e muitas delas viram mesmo”, conta, orgulhosa.
A obra, que custou cerca de 500 mil euros, está paga quase na totalidade, faltando 25 mil euros que “deverão ficar liquidados até ao final do ano”. É também no final do ano que termina o mandato da comissão e Elsa Sousa espera que mais pessoas se cheguem à frente para continuar o bom trabalho em prol daquela comunidade.
A Igreja da Martingança foi inaugurada quase nove anos depois do início da construção. A espera tornou a cerimónia num momento “especial” para toda a comunidade
A população da Martingança é “muito católica”, e por isso, Valter Ribeiro considera que se trata de uma obra “muito importante” e que “deixou as pessoas muito satisfeitas”. O presidente da União de Freguesias de Pataias e Martingança enalteceu o trabalho da Comissão.
A primeira pedra da Igreja da Martingança foi lançada no dia 31 de agosto de 2008, mas o início dos procedimentos aconteceu ainda antes, quando o padre Adelino Guarda ainda era o pároco da então Junta da Martingança. Já com o padre Virgílio Francisco no comando da paróquia, o projeto ganhou forma e a comissão, criada pelo anterior pároco, pôs mãos à obra para garantir meios para a construção da igreja. Foram realizados dezenas de eventos para angariar fundos e várias instituições contribuíram “generosamente”, como foi o caso do Santuário de Fátima, a antiga Junta da Martingança, a Câmara de Alcobaça e até o Banco Banif, que chegou a ter uma balcão na sede da Junta há alguns anos.
A Igreja da Martingança tem “forma oval” como simbolismo do “princípio da vida”, explicou o padre Virgílio Francisco. “A vida nasce, cresce e renasce”, mas a vida da comunidade católica da Martingança não mais vai ser a mesma depois da inauguração desta igreja.