O Agrupamento de Escuteiros de Aljubarrota tem uma vasta experiência a plantar árvores ao longo de vários anos. Mas, este ano, os escuteiros optaram por fazer algo mais: semearam 240 árvores para, daqui a dois anos, ajudar na reflorestação do Pinhal de Leiria, que ficou praticamente destruído durante os incêndios do passado mês de outubro.
A ideia partiu do Departamento do Ambiente da Junta Regional de Leiria-Fátima e o Agrupamento 1318 aceitou o desafio. “Sempre plantámos árvores, mas desta vez quisemos fazer algo diferente, algo com pés e cabeça”, começa por explicar Sidónio Crespo. O chefe do Agrupamento de Escuteiros de Aljubarrota garante que o projeto foi “pensado estruturalmente”. Das 240 árvores semeadas, nem todas vão crescer e, em 2019, quando estiverem “crescidas” vão ser transplantadas para as zonas ardidas, refere. Por enquanto, as árvores vão ficar numa estufa improvisada na sede do Agrupamento de Escuteiros de Aljubarrota, “onde estão protegidas da chuva”, conta Sidónio Crespo.
O projeto contou com a participação de cerca de 80 escuteiros do agrupamento e aproximadamente 30 voluntários. “A nível de participação estávamos à espera de mais pessoas, mas estamos satisfeitos com a atividade e por termos conseguido semear muitas árvores”, enaltece o chefe.
Os escuteiros do Agrupamento de Escuteiros 1318 tiveram a “responsabilidade” de escolher espécies de árvores endémicas e semelhantes às que existiam na área ardida. Assim, o grupo optou por semear medronheiros, carrascos, sobreiros, carvalhos cerquinhos e pinheiros bravos.