O alcobacense João Valeriano está a desenvolver uma aplicação que visa ajudar quem sofre da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). O fisioterapeuta juntou esforços com o farmacêutico João Durães para criar a SPIRO e pretende ser um potencial auxílio aos cerca de 800 mil portugueses que sofrem daquela doença.
O alcobacense João Valeriano está a desenvolver uma aplicação que visa ajudar quem sofre da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). O fisioterapeuta juntou esforços com o farmacêutico João Durães para criar a SPIRO e pretende ser um potencial auxílio aos cerca de 800 mil portugueses que sofrem daquela doença.
Em Portugal existe apenas 25 Centros de Reabilitação Respiratória, que conseguem cobrir 0,5% das necessidades da população e SPIRO “procura suprir esta carência identificada dando uma resposta rápida, sempre disponível e digital, a um perfil de doentes com DPOC considerados de baixo risco”.
A aplicação prevê a “compatibilidade com um dispositivo móvel que permita avaliar a função respiratória e a força dos músculos respiratórios”. “Com base nestes dados, remotamente, uma equipa de profissionais de saúde multidisciplinar (com médico, fisioterapeuta, cardiopneumologista, farmacêutico e outros) valida a informação e desenha um plano de intervenção adaptado e personalizado às necessidades específicas de cada utilizador”, explica João Valeriano, de 25 anos, que decidiu concorrer com a app ao concurso Life Enablers, sendo um dos 20 finalistas.
A Life Enablers é uma iniciativa dirigida a estudantes universitários e pretende acelerar ideias que melhorem a qualidade de vida de doentes e das suas famílias. A competição, promovida pela Takeda vai premiar a inovação, a criatividade e o engenho de soluções que consigam repensar a qualidade de vida e dos cuidados de saúde dos doentes, das suas famílias e da comunidade médica que os apoia.
“Termos chegado aos 20 finalistas, por si, foi uma agradável surpresa. Já passámos um primeiro bootcamp, em Julho, com mentores, principalmente ligados à área da Saúde e Indústria Farmacêutica, que nos deram conselhos de melhoria do projeto para uma apresentação final que, da nossa auto-avaliação e comentários recebidos, nos correu bastante bem”, sublinha o alcobacense, que ficará em setembro a saber se a SPIRO será um dos quatro projetos finalistas.
A app encontra-se em fase de protótipo, “não se encontrando programada nem operacional para o utilizador comum que procure a aplicação”. “Se chegarmos a vencer, o prémio será certamente para avançarmos na conceção da aplicação. No caso de não vencermos, pretendemos procurar stakeholders como sociedades médicas, associações de doentes e indústria farmacêutica que permitam e facilitem a concepção da SPIRO”, remata o fisioterapeuta.