A Infraestruturas de Portugal apresentou, esta terça-feira, na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, o lançamento de duas empreitadas do plano de modernização da Linha do Oeste, que resulta num investimento global de 74,3 milhões de euros.
A Infraestruturas de Portugal apresentou, esta terça-feira, na sede da Comunidade Intermunicipal do Oeste, o lançamento de duas empreitadas do plano de modernização da Linha do Oeste, que resulta num investimento global de 74,3 milhões de euros.
Aos jornalistas, depois de uma reunião com os autarcas do Oeste, o secretário de Estado das Infraestruturas justificou a opção do Governo em dividir a empreitada em duas fases com “questões técnicas”. “O primeiro troço é mais complexo e avança já. O segundo troço, sendo menos complexo, é mais rápido de executar. Optámos por fazer desta forma, para não haver uma super empreitada”, frisou Jorge Delgado, notando que na generalidade “a obra vai realizar-se sem prejudicar a linha”. “Os trabalhos serão feitos à noite, por forma a não prejudicar o serviço da CP”, notou o governante, revelando que apenas “num período de quatro meses” haverá a interrupção do serviço, devido ao encerramento do túnel do Sapateiro, junto a Torres Vedras.
A modernização do troço Mira-Sintra-Meleças e Torres Vedras implica a eletrificação e modernização da via num troço com 43 quilómetros e avança já, com um investimento de 68,5 milhões de euros. As obras têm um prazo de execução de 24 meses, estimando-se que estejam concluídas no terceiro trimestre de 2022. Também lançada foi a empreitada, de 5,8 milhões de euros, para a construção de uma subestação e postos transformadores. Quanto à intervenção entre Meleças e Caldas da Rainha, cujo concurso será lançado ainda este ano e arrasta um investimento de 30,4 milhões de euros, a obra deverá estar pronta no terceiro trimestre de 2022. No total, a modernização da Linha do Oeste vai custar 155 milhões de euros.
Segundo Carlos Fernandes, vice-presidente do Conselho de Administração Executivo da Infraestruturas de Portugal, quando a obra de modernização da Linha do Oeste estiver terminada até Caldas haverá uma redução média de 30 minutos no trajeto entre Caldas e Lisboa. “Será uma enorme mais-valia para as cidades desta região, nomeadamente ao nível turístico”, notou o responsável, salientando que Sintra recebe “2 milhões de turistas por ano transportados pela CP”.
Por resolver fica a questão dos concelhos a norte de Caldas da Rainha, embora essa obra esteja prevista no Plano Nacional de Investimentos 2030, tal como frisou o secretário de Estado. “A modernização desta linha será muito eficaz. A expetativa é duplicar o número de passageiros”, notou Jorge Delgado.
Para o presidente da OesteCIM, a modernização da Linha do Oeste vem “tarde, mas mais vale tarde do que nunca”. Contudo, Pedro Folgado mostrou preocupação com o facto de o projeto para incluir os troços da linha a norte de Caldas da Rainha estar por fazer. “Não vamos deixar de insistir que, depois de Caldas, se chegue ao norte. A ligação da Linha do Oeste na sua plenitude, até Coimbra, é extremamente importante”, frisou o autarca de Alenquer.