O Cistermúsica soube adaptar-se à nova realidade a que os tempos de pandemia obrigam e o 28.º Festival de Música de Alcobaça vai mesmo acontecer, entre esta quarta-feira e o dia 19 de agosto, no seu palco de excelência – o Mosteiro de Santa Maria – com a qualidade reconhecida internacionalmente.
O Cistermúsica soube adaptar-se à nova realidade a que os tempos de pandemia obrigam e o 28.º Festival de Música de Alcobaça vai mesmo acontecer, entre esta quarta-feira e o dia 19 de agosto, no seu palco de excelência – o Mosteiro de Santa Maria – com a qualidade reconhecida internacionalmente.
Assim promete a organização, a cargo da Banda de Alcobaça, que privilegiou artistas nacionais e formações de pequena e média dimensão, num “espírito de compromisso” e com “um sinal de esperança muito relevante”, contam os diretores artísticos da Academia de Música de Alcobaça.
“As manifestações culturais são essenciais enquanto fonte não só de alegria, mas também de reflexão, particularmente nos tempos em que vivemos”, sublinham os diretores artísticos Rui Morais e André Cunha Real, para quem a realização do festival este ano representa sobretudo “uma mensagem de confiança na retoma da vida cultural do País”.
A edição de 2020 celebra duas efemérides, que a organização classifica de “inevitáveis”: as celebrações dos 500 anos da circum-navegação e os 250 anos do nascimento de Beethoven. Assim, este génio da música clássica estará representado pela sua 5.ª Sinfonia e o concerto para piano e orquestra “Imperador”, pela Orquestra Filarmónica Portuguesa e João Bettencourt da Câmara, por um recital de piano por Miguel Borges Coelho e três formações de música de câmara: o Quarteto Tejo com António Saiote, Jed Barahal e Cristina Margotto e os Solistas da Orquestra Sinfónica da Casa da Música.
A época de ouro da polifonia portuguesa também terá destaque na programação, através do Ensemble de São Tomás de Aquino, sendo que outro dos pontos altos será uma versão “muito intimista e especial” do Stabat Mater de Poergolesi, interpretado pelo acordeonista João Barradas e as cantoras Bárbara Barradas e Cátia Moreso.
Como as viagens lusas que conquistaram mundo, a programação propõe dois concertos assentes na ideia de diáspora: um pelo Ensemble Sete Lágrimas e o outro, partindo da identidade musical portuguesa, propõe uma viagem musical desde as Cantigas de Santa Maria até ao fado, “passando pelo barroco e pelas influências tropicais presentes no projeto “Do barroco ao fado”, dos Músicos do Tejo, que reúne o fadista Ricardo Ribeiro e a soprano Ana Quintans. O tema do barroco prossegue, numa ligação à descoberta do mar, com o programa proposto pela orquestra La Nave Va, com a voz do tenor Marcel Beekman, “em cujas árias poderemos ver a influência do elemento marítimo que nos liga igualmente à grande aventura da circum-navegação”, esclarece a organização.
Na mesma senda de edições anteriores, o Cistermúsica volta a contar com o alto patrocínio do Presidente da República, o apoio da Direção-Geral das Artes e o patrocínio de algumas instituições particulares de referência, “que permitem a realização de uma edição muito especial”, explica a Banda de Alcobaça em nota de imprensa.
As regras de segurança estarão garantidas, de acordo com as normas da Direção-Geral da Saúde e do Ministério da Cultura, num esforço coletivo que envolve ainda a Direção-Geral do Património Cultural.