O Município da Nazaré solicitou esta quarta-feira uma reunião de urgência com a Direção Geral de Saúde, de forma a garantir o regresso da Tow-in [modalidade de surf) à Praia do Norte, que “tanto projetou a Nazaré e Portugal no mundo”.
O Município da Nazaré solicitou esta quarta-feira uma reunião de urgência com a Direção Geral de Saúde, de forma a garantir o regresso da Tow-in [modalidade de surf) à Praia do Norte, que “tanto projetou a Nazaré e Portugal no mundo”.
O objetivo dessa reunião “será o de apresentar um plano de contingência, desenvolvido em conjunto com a proteção civil, Bombeiros Voluntários da Nazaré, PSP e Capitania do Porto da Nazaré, no âmbito do qual pretendemos condicionar todos os acessos às zonas de assistência”, salientou o presidente de Câmara, num comunicado emitido pela autarquia. Condicionando os acessos à praia e à estrada do farol, seria permitida a presença restrita de um máximo de 2.500 pessoas, “distribuídas pela zona do farol, da encosta e no areal da própria praia”.
O objetivo passa por “reduzir os acessos a apenas três pontos, com contagem cumulativa e em tempo real, enquanto funcionários da autarquia, agentes da Polícia Marítima e da PSP patrulharão toda a zona de público, de forma a fazer cumprir as regras em vigor”, segundo Walter Chicharro, que não coloca de parte o recurso a segurança privada.
A autarquia, que “assumirá todos os custos envolvidos”, pretende ainda garantir que as próximas sessões de Tow-In tenham transmissão online nas plataformas do município, “de forma a que não seja quebrada a ligação ao mundo”.
Para Walter Chicharro, “o investimento que a câmara e Portugal têm feito na globalização deste fenómeno, nomeadamente com a campanha do Turismo de Portugal na Times Square (Nova Iorque) com a onda da Nazaré, e com o apoio dos surfistas que procuram a Nazaré em busca das ondas da sua vida e de baterem recordes, tem de ser respeitado, ao mesmo tempo que temos de garantir um eficaz controlo de acessos e imposição das regras sanitárias por parte de quem queira assistir e assim fazer com que os surfistas possam sair para a água”.
A reação da autarquia surge depois da Praia do Norte ter sido interditada a qualquer atividade de surf por determinação da Capitania do Porto da Nazaré, com base num parecer negativo das autoridades de saúde, alegando perigo para a saúde pública.
O Capitão do Porto da Nazaré interdita, em despacho, “as atividades de Free Surf e Tow-in Surfing”, sustentando a proibição num parecer do Delegado de Saúde Regional da Administração Regional de Lisboa e Vale do Tejo, devido “à promoção da aglomeração de público, que constitui um risco acrescido para a saúde pública”, no atual contexto de pandemia da Covid-19.