Depois de 19 anos à frente da Direção do Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (Ceeria), José Belo está de saída, não voltando a recandidatar-se nas eleições que estão agendadas para o próximo dia 29.
Depois de 19 anos à frente da Direção do Centro de Educação Especial, Reabilitação e Integração de Alcobaça (Ceeria), José Belo está de saída, não voltando a recandidatar-se nas eleições que estão agendadas para o próximo dia 29.
José Belo cumpre o sexto e último mandato na liderança da instituição, depois de ter sido um dos fundadores da casa, em 1976, de ter estado afastado na década de 1980 e de ter regressado já nos anos 1990. “Do meu ponto de vista, o balanço é positivo. O Ceeria cresceu muito nestes últimos anos graças a uma equipa de trabalho onde se insere não só a direção, como também o coordenador geral, Luís Rodrigues, com quem mantivemos uma cumplicidade muito grande”, considera José Belo, que aponta razões de ordem pessoal para o seu afastamento, bem como a “necessidade de arejar” no que diz respeito à renovação de dirigentes. “As instituições têm ciclos de vida, temos de respeitar isso e é uma situação que encaro com a maior naturalidade”, acrescenta.
Até à data, é apenas conhecida uma lista candidata aos órgãos sociais, encabeçada por José Godinho, atual diretor de recursos humanos do Ceeria, que concorre ao cargo de presidente da Direção. Ao lado do funcionário da instituição está a também colaboradora Ana Helena Rodrigues, candidata a vice-presidente.
Os estatutos do Ceeria permitem um máximo de dois funcionários na Direção, num universo de cinco elementos. Em condições de votar estão cerca de 200 associados da instituição. “A lista foi formada com base numa lógica e numa nova filosofia de trabalho”, esclarece ao REGIÃO DE CISTER José Godinho, referindo-se àquilo que descreve como “maior presença da direção no contexto real de trabalho”.
Entretanto, o coordenador geral do Ceeria apresentou a sua demissão, confirmou José Belo. Contactado pelo REGIÃO DE CISTER, Luís Rodrigues não quis comentar o assunto.
O Ceeria assinalou 44 anos no passado dia 3 e é IPSS desde 1990. Desde a sua fundação, procurou ser uma resposta no âmbito da educação especial, acolhendo crianças e jovens que, dadas as suas características, possuíam necessidades especiais de educação, que não poderiam ser supridas no ensino regular.
Além das várias parcerias que estabelece com entidades locais e regionais, a instituição integra as valências de Intervenção Precoce na Infância, Socioeducativa, Centro de Recursos para a Inclusão, Centro de Reabilitação Profissional, Centro de Atividades Ocupacionais e Centro de Apoio Residencial.