Domingo, Abril 28, 2024
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Loja da Bé: uma acarinhada herança com meio século

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Desde tenra idade que Isabel Nascimento sabia que o seu futuro profissional teria de estar ligado ao comércio.

Desde tenra idade que Isabel Nascimento sabia que o seu futuro profissional teria de estar ligado ao comércio.

Apaixonada pelo contacto com o cliente, é com orgulho que hoje gere a “Loja da Bé”, um legado com meio século, que faz parte da identidade da freguesia do Bárrio.

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A história da Loja da Bé remonta a 1970, quando Fernando Nascimento decidiu adquirir um dos espaços comerciais mais antigos do Pinhal Fanheiro. “O meu avô tinha uma loja em Vale de Maceira e a minha mãe sempre teve um encanto pelo comércio. Quando o meu pai descobriu que o espaço estava à venda não hesitou em comprá-lo para felicidade da minha mãe”, recorda a gerente.

A mercearia e taberna foram alvo de obras de requalificação e Isabel Nascimento, à data com apenas cinco anos, recorda o dia em que o espaço abriu portas. “Na época chamava-se Loja Belita, uma conjugação do meu nome e o da minha irmã [Ofélia]”, conta.

E foi atrás do balcão da mercearia, ao lado da mãe, e em viagens comerciais à capital com o pai que o entusiasmo pelo negócio foi crescendo. “Quando tinha períodos vagos na escola vinha imediatamente para junto da minha mãe. Percorria, por iniciativa própria, o trajeto a pé entre Alcobaça e o Bárrio para poder vir ajudar”, confessa.

E foi nas viagens com o pai a Lisboa, que Isabel Nascimento começou a pôr em prática os conhecimentos que permitiam arranjar “produtos de qualidade a um bom preço”. “Tinha um valor máximo que podia gastar e o meu pai reclamava sempre que eu queria colocar Lisboa dentro de Alcobaça, tal era a quantidade de bens que trazia”, graceja. 

Em 2018, após o falecimento do patriarca da família, a barriense assumiu o negócio familiar e deu início a uma nova era. Uma das principais mudanças foi o nome do espaço. “Os clientes dizem vulgarmente que vão à loja da Bé, diminutivo de Isabel, e um dia a minha filha fez um trabalho para a escola sobre a loja e usou apenas esse nome. Uma vez que era esta a denominação usada na maioria das vezes, optei por rebatizar o espaço”, explica.

A frescura, a organização e a vasta oferta são algumas das características do espaço que, na opinião da proprietária, ajudam a conquistar clientes de todas as faixas etárias. “Por norma as mercearias são mais utilizadas por idosos, mas felizmente conseguimos ultrapassar este estigma. Temos jovens casais que optam por este espaço porque há variedade, proximidade e um verde de frescura diária”, afirma com orgulho.

Por enquanto, a pandemia obriga a que o café esteja encerrado, mas Isabel Nascimento anseia por dias melhores. Dias em que “o cliente ainda está a estacionar e a ‘bica’ já está a ser preparada”.

“Há uma proximidade muito grande que foi construída ao longo dos anos. Este espaço faz parte da história da freguesia”, conclui.  

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